Foto: Divulgação/HUSM
Um doador de medula óssea do Rio Grande do Sul está ajudando um paciente que precisa de um transplante na Califórnia, nos Estados Unidos. A coleta da medula foi realizada no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), na região central, ontem (21).
O doador, um morador de Caxias do Sul, na Serra, tem 34 anos. Ele foi internado na terça-feira (20) e a coleta foi feita na manhã de quarta-feira.
O transplante de medula entre pessoas que não são parentes é chamado de não relacionado ou não aparentado. A chance de encontrar um doador fora da família varia de uma em 10 mil a uma em 1 milhão, dependendo da compatibilidade genética. Se for um tipo de medula mais comum, a chance é de uma em 10 mil. Se for um tipo raro, a chance é de uma em 1 milhão.
Os países possuem registros em seus bancos de doadores. No Brasil, o Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) armazena as informações dos doadores do país. Quando uma compatibilidade é identificada, são realizados diversos exames e, se tudo estiver confirmado, a coleta é feita e a medula é enviada para o hospital onde o transplante será realizado.
Após a coleta, o material doado foi transportado de Santa Maria para Porto Alegre e seguirá para São Paulo. Ele deve chegar aos Estados Unidos às 17h de hoje (22).
Sobre o procedimento
O doador está sendo acompanhado pela equipe do HUSM-UFSM desde o início de junho para a realização de exames prévios. Ele deve ficar internado por 24 horas após o procedimento e, em até uma semana, poderá retomar todas as atividades diárias.
O HUSM-UFSM retomou o serviço de coleta de medula óssea para o Redome no final de 2021 e este é o segundo procedimento realizado.
O Centro de Transplante de Medula Óssea (CTMO) do hospital também faz transplantes autólogo (quando são utilizadas as células-tronco do paciente) ou de doadores da própria família, além do transplante haploidêntico (quando o doador não é 100% compatível com o receptor). Em 2022, foram feitos 29 transplantes de medula.