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O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se tornou réu ontem (8) em um processo criminal enfrentando 37 acusações. O Departamento de Justiça dos EUA tornou as acusações públicas hoje (9), confirmando que Trump é acusado de retirar documentos confidenciais da Casa Branca ao deixar a presidência em 2021.
Segundo a ata de acusação, os documentos retirados pelo ex-presidente incluem informações sobre as capacidades de defesa dos EUA e de países estrangeiros, bem como programas nucleares. Trump também é acusado de compartilhar um mapa secreto relacionado a uma operação militar.
Fotos apresentadas no processo mostram caixas de documentos em um banheiro, auditório e porão, alegadamente sob posse de Trump em seu resort em Mar-a-Lago, na Flórida. Os procuradores afirmam que a possível divulgação desses documentos teria colocado em perigo a segurança nacional.
Entre as acusações contra Trump estão retenção não autorizada de documentos de segurança nacional, conspiração, obstrução de justiça, falso testemunho, manuseio incorreto de documentos oficiais e desrespeito ao tribunal.
Após o anúncio da acusação formal na quinta-feira, os advogados de defesa de Trump pediram demissão. O ex-presidente criticou o procurador especial Jack Smith, responsável pela investigação, em sua plataforma Truth Social, afirmando que a esposa de Smith e ele próprio odeiam Trump.
O ex-presidente comparecerá ao tribunal pela primeira vez no caso em um tribunal de Miami na terça-feira (13). A acusação de um ex-presidente dos EUA em âmbito federal é inédita na história americana e ocorre em um momento em que Trump é o favorito para a indicação presidencial republicana no próximo ano.
No ano passado, investigadores apreenderam cerca de 13 mil documentos da propriedade de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, sendo que 100 deles foram classificados como confidenciais. Um dos advogados afirmou anteriormente que todos os registros marcados como classificados haviam sido devolvidos ao governo.