Câmara dos Deputados aprova texto-base do novo arcabouço fiscal; Confira como votaram os deputados gaúchos

Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados

O texto-base do novo arcabouço fiscal foi aprovado pela Câmara dos Deputados na noite de ontem (23). Foram registrados 372 votos a favor e 108 contra. A nova regra para o controle das contas públicas, que deve substituir o teto de gastos, precisava de 257 votos para ser aprovada.

O projeto, enviado pelo governo, sofreu alterações do relator Cláudio Cajado (PP-AL). Os deputados ainda votarão destaques que poderão alterar o texto hoje (24). Após a conclusão da votação na Câmara, o texto seguirá para análise no Senado.

Entenda

O arcabouço fiscal limita os gastos do governo e coloca regras para o crescimento das despesas nos próximos anos. O texto prevê:

  • que seja feita a avaliação bimestral de receitas e despesas;
  • que o crescimento dos gastos públicos fica limitado a 70% do crescimento da arrecadação do governo, caso a meta seja cumprida (exemplo: se a arrecadação subir 2%, a despesa poderá aumentar até 1,4%);
  • que o crescimento dos gastos públicos fique limitado a 50% do crescimento da arrecadação do governo, caso a meta não seja cumprida (ex: se a arrecadação subir 2%, a despesa poderá aumentar até 1%);
  • que mesmo que arrecadação do governo cresça muito, será necessário respeitar um intervalo fixo no crescimento real dos gastos, variando entre 0,6% e 2,5%, desconsiderando a inflação do período.;

Proibições para caso governo descumpra as metas fiscais estabelecidas:

No primeiro ano:

  • criação de cargos;
  • alteração de estrutura de carreira;
  • criação ou majoração de auxílios;
  • criação de despesa obrigatória;
  • reajuste de despesa obrigatória acima da inflação;
  • ampliação de subsídios e subvenções;
  • concessão ou ampliação de benefício tributário.

No segundo ano proibições serão acrescentadas:

  • aumento e reajustes na despesa com pessoal, como aumento de salários;
  • admissão ou contratação de pessoal, exceto para reposição de cargos vagos;
  • realização de concurso público, exceto para reposição de cargos vagos.

Como votaram os deputados gaúchos

Quanto ao posicionamento dos deputados que representam o Rio Grande do Sul na Câmara, a votação quase ficou empatada, sendo 15 votos favoráveis e 14 contrários. Dois parlamentares gaúchos estiveram ausentes.

A favor:

  • Afonso Motta (PDT)
  • Alceu Moreira (MDB)
  • Alexandre Lindenmeyer (PT)
  • Bohn Gass (PT)
  • Carlos Gomes (Republicanos)
  • Daiana Santos (PCdoB)
  • Denise Pessôa (PT)
  • Franciane Bayer (Republicanos)
  • Luciano Azevedo (PSD)
  • Luiz Carlos Busato (União)
  • Márcio Biolchi (MDB)
  • Marcon (PT)
  • Maria do Rosário (PT)
  • Pompeo de Mattos (PDT)
  • Reginete Bispo (PT)

Contra:

  • Afonso Hamm (PP)
  • Bibo Nunes (PL)
  • Covatti Filho (PP)
  • Daniel Trzeciak (PSDB)
  • Fernanda Melchionna (PSOL)
  • Giovani Cherini (PL)
  • Lucas Redecker (PSDB)
  • Marcel van Hattem (NOVO)
  • Marcelo Moraes (PL)
  • Mauricio Marcon (Podemos)
  • Osmar Terra (MDB)
  • Pedro Westphalen (PP)
  • Sanderson (PL)
  • Tenente Coronel Zucco (Republicanos)

Ausentes:

  • Heitor Schuch (PSB)
  • Any Ortiz (Cidadania)