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Especialistas afirmam que o fenômeno climático El Niño terá uma intensidade forte e impactante no estado do Rio Grande do Sul ao longo deste ano. O El Niño, uma anomalia natural que resulta no aquecimento das águas do Oceano Pacífico, afeta a circulação de ventos e influencia a evaporação e a formação de nuvens de chuva.
Os modelos climáticos apontam uma tendência de chuvas acima da média no estado, com a Região Norte sendo a primeira a ser atingida, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
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Ao G1, Francisco Aquino, climatologista do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), afirmou que o mês de abril já registrou altas temperaturas, sendo o quarto abril mais quente do século. O aquecimento global contínuo tem contribuído para o aumento das temperaturas dos oceanos, tornando-os mais quentes, assim como a atmosfera, explicou o especialista.
Marcelo Schneider, meteorologista do Inmet, ressalta que as chuvas intensas costumam se tornar persistentes, principalmente no final do inverno e nos meses de primavera. Setembro, outubro e novembro são caracterizados pelo aumento das chuvas devido ao fenômeno El Niño no Rio Grande do Sul. Esse aumento traz consigo o risco de enchentes, tempestades e granizo, causados pelo bloqueio das frentes frias. Essas características climáticas já foram observadas em El Niños anteriores de intensidade forte.
Diante dessa previsão, os especialistas recomendam que o estado se prepare para a chegada do fenômeno e seus efeitos. Medidas como a realização de treinamentos e o fortalecimento das equipes de resposta a desastres são sugeridas para enfrentar possíveis ocorrências, como inundações e destelhamentos.