Foto: Divulgação/Grêmio
Em entrevista nesta quarta-feira (26), o presidente do Grêmio Alberto Guerra foi questionado sobre um dos assuntos mais debatidos envolvendo o clube na última década: a situação da Arena e do Olímpico. O dirigente reconheceu a demora pela resolução do assunto, disse que a relação entre as partes envolvidas está melhor e colocou um prazo para uma definição.
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Dez anos depois do acordo firmado entre o Grêmio e a OAS, responsável pela construção da Arena, o cenário é diferente. A empresa entrou em recuperação judicial em 2015, quando alterou a razão social para Metha por conta do processo. Nesta semana, Alberto Guerra concedeu uma entrevista para o canal de YouTube “Denilson Show com Chico Garcia”, onde foi questionado a respeito do tópico.
— A gente está trabalhando quieto, mas sempre está na mesa. Eles (OAS) analisam se vale a pena continuar ou não nessa situação. A relação até melhorou, com a modificação dos interlocutores. Era algo bem desgastado com a antiga gestão. Ainda este ano algum encaminhamento vai dar, não queremos ficar 10 anos negociando. O Olímpico ainda está no nome do Grêmio e a Arena no da OAS, tem que fazer a troca de chaves. É um assunto que estamos cuidando com todo carinho. Devemos ter uma resposta ainda neste ano – declarou o dirigente.
Além de estipular o prazo, Guerra explicou que o processo tem novos motivos para voltar a ser analisado e finalmente seguir para uma resolução. Segundo o presidente gremista, a prefeitura de Porto Alegre e o Ministério Público se tornaram participantes do processo através de um projeto de lei e uma ação.
— Primeiro a prefeitura com um projeto de lei que obriga a OAS a começar a construir em um período de um ano sob pena de perder os índices construtivos. O Ministério Público tem uma ação relacionada ao entorno da Arena (as contrapartidas). Existem também os bancos que financiaram a construção da Arena e também fundos abutres que estão rondando e daqui um pouco querem comprar esse crédito no negócio do Grêmio e seria muito ruim. – disse Alberto Guerra.
As declarações do presidente gremista ocorrem na mesma semana em que bancos entraram na justiça pela penhora da Arena, por conta das dívidas deixadas pela OAS. Desde 2022, a empresa responsável pelo estádio pagou R$66 milhões dos R$ 226,39 milhões de dívidas.