Foto: Divulgação/MP-GO
Mais uma fase da Operação Penalidade Máxima, que investiga manipulação de resultados em partidas de futebol foi desencadeada na manhã de ontem (18). Informações divulgadas pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), responsável pelas investigações, apontam que seis partidas do Campeonato Brasileiro da Série A de 2022 são suspeitas, além de jogos de campeonatos estaduais deste ano.
Dois jogos do Campeonato Gaúcho aparecem na lista. No Rio Grande do Sul mandados foram cumpridos em três cidades nesta terça-feira: Santa Maria, Erechim e Pelotas. Dois jogadores são alvos de investigações.
Os jogos do Gauchão sob investigação são:
Caxias x São Luiz de Ijuí (12/2)
Jogador do São Luiz cometer pênalti;
Esportivo x Novo Hamburgo (11/2)
Jogador receber cartão amarelo;
Demais estaduais:
Campeonato Goiano: Goiás x Goiânia (12/2)
Derrota do Goiânia no primeiro tempo;
Campeonato matogrossense: Luverdense x Operário de Várzea Grande (11/2)
Manipulação de escanteios;
Campeonato Paulista: Guarani x Portuguesa (8/2)
Cartão amarelo.
Além dos estaduais, a Operação aponta para a manipulação de seis jogos do Campeonato Brasileiro Série A. Ainda durante a manhã de ontem alguns dos nomes alvos da investigação foram revelados pelo GE, sendo um deles Gabriel Tota, ex-Juventude e atualmente atleta do Ypiranga. O segundo jogador que atua no Estado não teve identidade revelada.
Jogos suspeitos no Brasileirão:
Santos x Avaí (5/11)
Jogador do Santos foi assediado para tomar um cartão amarelo;
Red Bull Bragantino x América Mineiro (5/11)
Atleta do Bragantino foi abordado para tomar um cartão amarelo;
Goiás x Juventude (5/11)
Dois jogadores do Juventude foram assediados para tomar cartões amarelos;
Cuiabá x Palmeiras (5/11)
Jogador do Cuiabá foi assediado para tomar cartão amarelo;
Santos x Botafogo (10/11)
Atleta do Santos foi assediado para tomar cartão vermelho;
Juventude x Palmeiras (10/9)
Jogador do Juventude foi assediado para tomar cartão amarelo.
De acordo como o MP-GO, os atletas envolvidos receberiam entre R$ 70 mil e R$ 100 mil por pênaltis cometidos, escanteios e cartões amarelos e vermelhos nas partidas. Segundo as autoridades, os clubes não estão envolvidos e também são vítimas.
Nesta fase da operação foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão, além de três mandados de prisão em São Paulo (nenhum contra jogador). Nos locais das prisões foram apreendidas duas armas de fogo e granadas de efeito moral. Os suspeitos terão de explicar como conseguiram e como acessaram o material, por serem de uso restrito.
Posicionamentos
Com nomes citados na operação, apenas Novo Hamburgo e Ypiranga se posicionaram sobre o assunto.
O Noia reforçou a publicação feita pelo clube em 15 de fevereiro- quando foi citado pela primeira vez na Operação – e repudiou todo e qualquer fato criminoso contra a prática desportiva. Já o Canarinho ressaltou que “o atleta [Gabriel Tota] não participou de nenhuma partida pelo Ypiranga, e que o YFC nada têm de responsabilidade com a presente ação”.