(Créditos: Confederação Nacional dos Municípios / Divulgação)
A Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) está com um ponto de coleta para a arrecadação de absorventes até o dia 27 de março. A ação faz parte das atividades previstas para o Dia da Mulher, e vai receber doações do item para distribuir para pessoas vulnerabilidade social em Porto Alegre, e combater a pobreza menstrual.
É possível doar qualquer tipo de absorvente, sejam eles descartáveis, ou opções ecológicas, como calcinhas menstruais e coletores.
O ponto de coleta está localizado no térreo do prédio situado na Avenida João Pessoa, 80 – Centro Histórico.
Tu viu?
Empresa investigada por trabalho análogo à escravidão recusa acordo com o MPT
Sem Neymar, Seleção Brasileira é convocada para amistoso contra Marrocos
As doações serão destinadas à ONG Sobre Nós, que atua em 8 estados e no Distrito Federal. O grupo arrecada e distribui, mensalmente, itens de higiene menstrual, além de promover atividades de conscientização sobre educação menstrual e no desenvolvimento de políticas públicas. Novos cadastramentos, e a entrega dos kits de higiene, são feitos todo o mês, quando as voluntárias da ONG vão até as comunidades.
Para quem não consegue ir até o local de arrecadação, é possível fazer uma doação em dinheiro ou entrar em contato com a ONG pelo Instagram para combinar outra forma de contribuição.
Dados bancários:
- Associação Sobre Nós
- Banco Cora
- Ag 0001
- C/c 3373987-2
- CNPJ: 48.086.957/0001-29
- PIX: 48.086.957/0001-29
Pobreza Menstrual
Pobreza menstrual é a falta de acesso a produtos de higiene, de informações sobre o ato de menstruar e de infraestrutura adequada para o efetivo manejo da higiene menstrual. Essa vulnerabilidade acelera a desigualdade de direitos e de oportunidades.
Segundo a coordenadora da ONG, Vitória Cabreira, em entrevista a GZH, apenas em Porto Alegre, aproximadamente, 400 pessoas dos bairros Restinga e Lomba do Pinheiro estão cadastradas para receber os kits mensalmente.
A pobreza menstrual é uma dor que as pessoas enfrentam, mas a maioria não sabe que existe. A mulher que tem condições financeiras não sofre com a falta de absorvente, e quem não menstrua não conhece o problema. Então nosso foco é garantir dignidade menstrual para essas pessoas, porque a falta disso pode afetar outros fatores da vida. Muitas dessas mulheres são desempregadas e, durante o ciclo menstrual, se não há absorventes, elas não conseguem sair para entregar currículo ou fazer entrevista de emprego — explica Vitória, na entrevista.