Foto: Vitor Soccol/S.E.R Caxias
A Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) denunciou o Caxias e o ABC por suposta escalação irregular do lateral-direito Yuri Ferraz na Série C do Campeonato Brasileiro de 2024. A denúncia foi apresentada após reclamações formais de Sampaio Corrêa e Aparecidense, clubes rebaixados na competição, que acreditam que o caso pode reverter o rebaixamento. O julgamento ainda não tem data definida.
O que aconteceu?
Conforme o regulamento da Série C, um jogador pode atuar no máximo três partidas por um clube antes de se transferir para outra equipe da mesma divisão. Yuri Ferraz, no entanto, teria jogado quatro partidas pelo ABC antes de se transferir para o Caxias. O erro foi identificado porque, em uma das partidas (ABC x Athletic-MG), o nome do atleta não foi incluído na súmula oficial, mesmo ele entrando em campo.
A investigação aponta que tanto o ABC quanto o Caxias descumpriram o regulamento. A Procuradoria entende que o ABC teve responsabilidade ao permitir a atuação irregular do jogador e que o Caxias deu sequência ao erro ao escalá-lo.
As denúncias
Caxias e ABC: Ambos os clubes foram denunciados por inclusão de atleta em situação irregular, com base no artigo 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). A pena prevista é a perda de pontos e multa que pode chegar a R$ 100 mil.
Yuri Ferraz: O jogador foi acusado de conduta antidesportiva por ter participado das partidas em desacordo com o regulamento.
Arbitragem: Dois árbitros, Felipe Gonçalves Paludo e Wanderson Alves de Souza, foram denunciados por não cumprirem suas obrigações ao deixar de registrar o atleta na súmula.
Caso o STJD confirme a irregularidade, as punições incluem perda de pontos para os clubes, o que pode impactar a classificação final da Série C e alterar os rebaixados. Além disso, multas financeiras podem ser aplicadas.
O STJD ainda não definiu a data do julgamento. Enquanto isso, os clubes envolvidos aguardam o desfecho, que pode trazer reviravoltas na tabela de classificação da Série C. O caso também reacende discussões sobre falhas de arbitragem e controle de registros no futebol brasileiro.