Primeiro lote de vacina contra a dengue chega ao RS

Encantado concentra 38% dos casos de dengue no RS em 2023
Foto: Raquel Portugal / Fiocruz

O Rio Grande do Sul recebeu ontem (30) o primeiro envio de vacinas contra a dengue, totalizando 31,5 mil doses. A Secretaria Estadual da Saúde (SES) distribuirá essas doses na quinta-feira (2) de acordo com os municípios da Região Metropolitana designados pelo Ministério da Saúde: Porto Alegre, Viamão, Alvorada, Gravataí, Cachoeirinha e Glorinha.

Porto Alegre: 18.225 (de 72.898 a receber)
Viamão: 3.746 (14.982)
Alvorada: 3.246 (12.985)
Gravataí: 4.106 (16.425)
Cachoeirinha: 2.095 (8.379)
Glorinha: 116 (463)

As vacinas serão destinadas às crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Essa entrega inicial representa 25% do total de 126 mil doses que o Estado planeja receber para essas cidades.

De acordo com informações fornecidas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) aos técnicos do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) em uma reunião realizada na segunda-feira (29), as doses adicionais serão enviadas nas próximas remessas, conforme disponibilidade no estoque nacional. Esse suprimento será utilizado para completar a vacinação nessas cidades inicialmente selecionadas e expandir para outros municípios do estado.

As seis cidades foram escolhidas com base em critérios do Ministério da Saúde, levando em consideração o histórico de casos de dengue nos últimos dez anos. Isso inclui o período de 2013 a 2022. A cidade de Glorinha, apesar de ter uma população abaixo de 100 mil habitantes, foi incluída devido à sua associação com outros municípios com maior incidência de dengue na mesma região de saúde.

O grupo prioritário para vacinação é composto por crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que registrou o maior número de hospitalizações por dengue nos últimos anos em todo o país: 16,4 mil casos de janeiro de 2019 a novembro de 2023. É importante destacar que essa vacina não é autorizada para pessoas com mais de 60 anos pela Anvisa, pois essa faixa etária apresenta o maior número de óbitos relacionados à doença no Rio Grande do Sul.