Foto: Arquivo Pessoal
O Hospital Ernesto Dornelles, em Porto Alegre, concluiu uma investigação aberta em janeiro deste ano sobre um cirurgião plástico suspeito de causar lesões em pacientes durante operações. O médico em questão, Leandro Fuchs, está sob escrutínio, enfrentando 75 inquéritos policiais e mais de 20 processos judiciais por lesões corporais graves em mulheres e homens.
De acordo com o hospital, a Comissão de Investigação não encontrou irregularidades na área de cirurgia plástica. Em nota, afirmaram que todos os protocolos de segurança do paciente foram seguidos nos procedimentos cirúrgicos realizados na instituição, incluindo a presença do médico responsável e a execução de um checklist de cirurgia segura antes do procedimento.
Leandro Fuchs está afastado do hospital desde janeiro e teve seu direito de exercer a medicina suspenso pela Justiça em fevereiro. Além disso, ele está proibido de sair de Porto Alegre e de contatar ou se aproximar das supostas vítimas.
Segundo o delegado Ajaribe Rocha Pinto, responsável pela investigação policial, o caso mais antigo em apuração ocorreu em 2019, enquanto o mais recente é de 2023. Setenta e cinco inquéritos já foram instaurados, aguardando os laudos dos exames complementares do Instituto-Geral de Perícias para dar prosseguimento às investigações. São relatos de procedimentos sendo realizados por médicos residentes, falta de atenção e acolhimento durante a recuperação depois da cirurgia, sangramentos, infecções, mutilações e deformações
Leandro Fuchs negou as acusações, mas várias mulheres já realizaram exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal. O Instituto-Geral de Perícias esclareceu que os resultados estéticos ruins são difíceis de avaliar e dependem de diversos fatores, cabendo ao Conselho de Medicina e ao Judiciário emitir suas considerações técnicas e legais.