Homem que vivia em ‘pulmão de ferro’ morre aos 78 anos

Foto: Dallas Morning News

Morreu no início desta semana Paul Alexander, morador de Dallas, no Texas, conhecido por enfrentar as sequelas da poliomielite por sete décadas confinado em um dispositivo médico conhecido como “pulmão de ferro”. Aos seis anos, a doença o paralisou do pescoço para baixo, levando-o a depender de um respirador mecânico que o encapsulava completamente, deixando apenas a cabeça exposta.

Apesar de sua condição, Alexander se destacou nos estudos, formando-se em Direito e contribuindo com trabalhos na área, inclusive escrevendo um livro. Seu irmão, Philip Alexander, anunciou seu falecimento nas primeiras horas da madrugada em uma publicação no Facebook, destacando a admiração e inspiração que Paul despertou em milhões de pessoas.

Paul Alexander faleceu em 11 de março, conforme relatado em um obituário online, embora a notícia de sua morte tenha se propagado no dia seguinte.

Recentemente, uma publicação em sua conta oficial no TikTok relatou que ele havia sido levado às pressas para a sala de emergência após contrair covid-19, demonstrando os desafios contínuos que enfrentou.

Os “pulmões de ferro”, dispositivos inventados na década de 1920, funcionam como câmaras seladas equipadas com bombas que expandem e contraem os pulmões do paciente, permitindo a respiração. Seu uso diminuiu consideravelmente após a disseminação da vacina contra a poliomielite, disponibilizada amplamente a partir de 1955. Alexander detinha o recorde mundial do Guinness pelo tempo passado dentro desse dispositivo, agora sucedido por Martha Lillard, de 75 anos, de Oklahoma.