Morte de Alexei Navalny levanta preocupações sobre direitos humanos na Rússia e gera repercussão internacional

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Na sexta-feira (16), o serviço penitenciário local anunciou a morte do líder opositor mais importante da Rússia, Alexei Navalny, em uma prisão no Círculo Polar Ártico. Navalny, conhecido por suas críticas ao presidente Vladimir Putin, tinha 47 anos e cumpria uma sentença de 19 anos, amplamente considerada como politicamente motivada.

Navalny foi transferido para uma colônia penal no Ártico no final do ano passado, onde sua saúde começou a deteriorar-se. O serviço penitenciário relatou que Navalny desmaiou após uma caminhada e não recuperou a consciência, apesar dos esforços da equipe médica de emergência.

Putin foi informado sobre a morte de Navalny, conforme confirmado pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. A causa da morte está sendo investigada.

Alexei Navalny ficou conhecido internacionalmente por expor a corrupção do governo russo e por liderar protestos contra supostas fraudes eleitorais. Ele enfrentou várias prisões e condenações, incluindo uma pena de três anos e meio de prisão por violar condições de liberdade condicional.

Navalny ganhou ainda mais destaque quando foi envenenado em agosto de 2020 com uma substância neurotóxica conhecida como Novichok. O governo alemão confirmou o envenenamento, ampliando as suspeitas de envolvimento do Estado russo, o que foi negado pelo Kremlin.

Apesar de sua prisão e perseguição, Navalny continuou a ser uma voz proeminente contra o governo russo, criticando a guerra na Ucrânia e denunciando as elites russas. Sua morte na prisão levanta preocupações sobre direitos humanos na Rússia e gera repercussão internacional.