Criminoso envolvido em mais de 30 homicídios no RS é preso em SC

Foto: Reprodução

Na noite de quarta-feira (21), a Polícia Civil efetuou a prisão de Maicon Donizete Pires dos Santos, de 32 anos, mais conhecido pelo codinome “Red Nose”, em uma operação no Estado de Santa Catarina.

O Bairrista mais perto de ti, vivente! Ouça o Notícias na Hora do Mate, o podcast do Bairrista: Clique aqui!

A captura foi anunciada pela Secretaria da Segurança Pública na quinta-feira (22), pondo fim a uma busca de mais de seis meses pelo criminoso, apontado como responsável por uma onda de homicídios recentes, especialmente na Região Metropolitana do Rio Grande do Sul. A cidade onde a prisão ocorreu ainda é mantida em sigilo para não atrapalhar o andamento das investigações

Red Nose, segundo investigações, estava no centro de um conflito violento que resultou, entre outras tragédias, na morte equivocada da estudante Sarah Silva Domingues, na Ilha das Flores, no final de janeiro. Este conflito intensificou-se quando Santos tentou orquestrar um “golpe de Estado” dentro da própria facção criminosa a que pertencia, desviando recursos financeiros e armamentos para formar um novo grupo no Rio Grande do Sul.

A Secretaria de Segurança e o Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) detalharam que, utilizando o dinheiro desviado, Red Nose iniciou um processo de recrutamento de criminosos de sua antiga facção, além de novos membros nos estados de Santa Catarina e Paraná, visando estabelecer seu novo grupo criminoso.

A prisão de Santos marca um ponto crucial nas investigações, com a polícia agora voltando seu foco para o desmantelamento das operações financeiras do criminoso, estimadas em movimentar cerca de R$ 1 milhão semanalmente com o tráfico de drogas. Antes de ascender a uma posição de destaque no crime organizado, Red Nose era conhecido por suas operações de lavagem de dinheiro para uma facção originária do bairro Bom Jesus, em Porto Alegre.

Os investigadores destacam a natureza “articulada” de suas atividades criminosas, com evidências mostrando que Santos havia estabelecido um esquema complexo de lavagem de dinheiro envolvendo empresas registradas em nome de familiares e ex-companheiras. Esse sistema permitia a mistura e dissimulação de capital ilegal, facilitando a movimentação financeira do tráfico de drogas.