Meressidíssimo: O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), beijou a mão do chorinho e tornou-o o 53° Patrimônio Cultural Imaterial do país. Frequentemente chamado de “chorinho”, o Choro é um gênero musical que se originou no Brasil no século XIX, sendo uma das mais antigas formas de música popular brasileira. Caracterizado pela sua melodia expressiva, ritmos complexos e harmonias sofisticadas, o Choro é uma manifestação cultural que reflete a fusão de influências europeias, africanas e indígenas, típica da diversidade cultural do Brasil.
Aqui está uma lista de choros que marcaram a história:
“Brasileirinho” (Waldir Azevedo, 1947): Uma das peças mais icônicas do Choro, “Brasileirinho” se destacou por seu ritmo animado e melodia cativante. Waldir Azevedo, um virtuoso do cavaquinho, trouxe uma nova energia para o Choro, e esta peça se tornou um símbolo da habilidade e alegria brasileiras.
“Carinhoso” (Pixinguinha, 1917): Embora inicialmente composta em 1917, a letra de Braguinha só foi adicionada em 1937, tornando “Carinhoso” um dos choros mais amados e reconhecíveis do Brasil. Pixinguinha, um dos maiores compositores brasileiros, ofereceu através dessa obra uma expressão profunda do sentimento brasileiro, mesclando a tradição do Choro com a sensibilidade do samba.
“Tico-Tico no Fubá” (Zequinha de Abreu, 1917): Esta peça alegre e acelerada é uma das mais famosas mundialmente, celebrada pela sua complexidade rítmica e melódica. A performance de “Tico-Tico no Fubá” por Carmen Miranda em Hollywood ajudou a popularizar o Choro e a música brasileira internacionalmente.
“Noites Cariocas” (Jacob do Bandolim, 1957): Jacob do Bandolim foi um dos maiores instrumentistas do Choro, e “Noites Cariocas” é uma de suas composições mais emblemáticas, capturando a essência das noites do Rio de Janeiro com sua melodia envolvente e ritmo contagiante.
“Um a Zero” (Pixinguinha e Benedito Lacerda, 1946): Composta em homenagem à vitória do Brasil sobre o Uruguai no Campeonato Sul-Americano de Futebol de 1919, “Um a Zero” se tornou um hino não oficial do futebol brasileiro, destacando-se por sua alegria e dinamismo.
“Odeon” (Ernesto Nazareth, 1910): Ernesto Nazareth é frequentemente associado ao início do Choro e suas composições incorporam uma sofisticação harmônica e melódica. “Odeon”, uma de suas obras mais conhecidas, combina a elegância do Choro com elementos da música clássica europeia. Quem assistiu O Cravo e a Rosa conhece bem:
“André de Sapato Novo” (André Victor Correia, 1920): Esta peça é um exemplo clássico do Choro animado e rítmico, destacando-se pelo seu caráter dançante e pela habilidade técnica que requer dos músicos.
E aqui uma playlist marota com o lendário ritmo: