Líder de facção gaúcha é preso no Rio de Janeiro

Foto: Divulgação/Polícia Federal RJ

Um homem de 42 anos, considerado líder de uma facção atuante na Serra gaúcha, foi capturado no Rio de Janeiro. A prisão aconteceu em operação conjunta envolvendo a Delegacia de Homicídios de Caxias do Sul, a Polícia Federal e o 4º Batalhão de Choque da Brigada Militar.

De acordo com as autoridades, o indivíduo conhecido como Osoni da Conceição, vulgo Dudu, estava usando um nome falso e residia em um apartamento no bairro de Copacabana, onde foi detido. Ele estava sendo procurado há mais de três anos e era apontado como um dos líderes de uma facção originada no bairro Bom Jesus, na zona Leste de Porto Alegre, com ramificações na Serra gaúcha.

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A Polícia Federal considera o homem extremamente perigoso, tendo sido condenado a 30 anos de prisão em 2009 por três homicídios qualificados e uma tentativa de homicídio qualificada. Esses crimes ocorreram em maio de 2007, quando Osoni teria assassinado três homens em frente em uma casa noturna em Caxias do Sul. Os motivos alegados foram supostos avanços indesejados em relação à sua companheira.

Em novembro de 2012, Osoni foi um dos seis detentos que escaparam da Penitenciária Industrial de Caxias do Sul (Pics), fugindo pelo telhado. Apesar de ter sido recapturado no mesmo dia, ele foi ferido por uma bala de borracha durante a fuga.

Osoni também foi alvo de uma operação especial da Polícia Penal, Brigada Militar e Polícia Civil na Penitenciária Estadual de Caxias do Sul, conhecida como Apanhador, em outubro de 2019. Durante a ação, foram encontradas drogas, celulares, facas e até mesmo um alambique artesanal para produção de cachaça. Como resultado, ele foi transferido para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc).

Além dos crimes mencionados, a Polícia Federal informa que Osoni enfrenta acusações adicionais, incluindo mais dois homicídios, três tentativas de homicídio qualificado, posse e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito (em duas ocasiões), tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção ativa e favorecimento real.

Em janeiro de 2020, ele obteve o benefício da progressão de regime para o semiaberto, com o uso de tornozeleira eletrônica. Contudo, após receber esse benefício, ele rompeu o dispositivo e fugiu, permanecendo foragido até sua recente prisão no Rio de Janeiro.