Foto: Reprodução/TV Globo
Israel Fraga Soares, condenado por delitos graves incluindo nazismo, racismo e outras formas de ódio, foi transferido para o regime domiciliar em Osório, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, na terça-feira (30). Com tornozeleira eletrônica, ele deixou a prisão fechada onde estava desde 29 de janeiro de 2022, após sua condenação a 5 anos, 6 meses e 27 dias no semiaberto.
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A decisão, tomada pela juíza Liane Machado dos Santos Caminha Gorini, da Vara de Execuções Criminais de Osório, veio após um pedido da defesa e a inexistência de vagas adequadas na Penitenciária de Osório. Soares enfrenta restrições severas, incluindo toque de recolher entre 19h e 7h, proibição de novos delitos, e limitações estritas ao seu deslocamento.
O caso de Soares ganhou notoriedade devido às suas ações explicitamente discriminatórias e violentas, como ameaças enviadas por email, publicações de vídeos com saudações nazistas, e a queima de símbolos representativos da comunidade LGBTQIA+ e de George Floyd. Durante as investigações, itens relacionados ao nazismo foram apreendidos em sua posse, incluindo um capacete da Legião Hitlerista.
O juiz Michael Luciano Vedia Porfirio, ao proferir a sentença, destacou a gravidade da conduta de Soares, ressaltando o impacto psicológico de suas ações discriminatórias nas vítimas. A defesa do condenado, representada pelos advogados Rafael Petzinger e Bruna Ressurreição, expressou satisfação pela liberação, descrevendo Soares como um “jovem sonhador” em busca de reintegração social.