Foto: Divulgação/CBF
A Fifa anunciou nesta segunda-feira (8) que não punirá a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o que evita a exclusão da seleção brasileira e dos clubes do Brasil de competições internacionais. O anúncio foi feito por Emilio Garcia, membro do departamento jurídico da Fifa, após uma reunião com o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, e outros diretores da entidade no Rio de Janeiro.
Garcia explicou que havia um risco significativo de o Conselho da Fifa banir o Brasil de todas as competições internacionais devido à intervenção externa no futebol brasileiro. No entanto, esse risco foi afastado quando o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), restabeleceu a presidência de Ednaldo Rodrigues na CBF.
A visita dos representantes da Fifa e da Conmebol ao Brasil ocorreu após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro destituir Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF, anulando sua eleição em 2022. O mandato de Ednaldo foi restaurado recentemente por decisão liminar de Gilmar Mendes.
A Fifa, em duas ocasiões, alertou a CBF sobre as possíveis sanções devido à interferência judicial ou governamental em suas confederações esportivas filiadas. No entanto, com o retorno de Ednaldo Rodrigues ao poder, o risco de punição diminuiu.
A visita da Fifa ao Brasil foi encurtada após o retorno de Ednaldo à presidência da CBF, passando de três dias para apenas algumas horas. A comitiva da Fifa e da Conmebol fez uma visita institucional ao Brasil para entender a situação após a decisão judicial. A passagem pelo país teve caráter de reunião após a resolução do impasse.
A Fifa inicialmente planejava investigar o caso que envolvia a CBF e realizar reuniões com a diretoria da entidade e membros do governo federal durante sua estadia no Brasil. No entanto, devido à resolução do problema, a visita foi encurtada, e apenas dois dos três membros da comitiva compareceram ao Brasil.