Diretoras de escola infantil são presas por suspeita de maus-tratos e tortura a crianças

Foto: Reprodução

A Polícia Civil realizou a prisão preventiva de duas diretoras de uma escola de educação infantil em Serafina Corrêa, na Serra. As suspeitas recaem sobre maus-tratos e tortura infligidos a crianças com idades entre 7 meses e 4 anos, durante o período de 2022 a 2024. As identidades das envolvidas e da instituição particular não foram reveladas.

A secretária municipal de Educação, Fernanda Tapparo, informou ao G1 que o Executivo Municipal tomou conhecimento do ocorrido no momento da prisão das diretoras e que, até então, não havia recebido nenhuma denúncia sobre o caso. Ela ressaltou que a escola estava com todos os alvarás em ordem. “Neste momento, estamos acompanhando a situação e trabalhando para assegurar vagas para as crianças que frequentavam a escola“, disse Fernanda.

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Os conselhos Municipal de Educação e Tutelar também declararam que não haviam recebido denúncias prévias sobre o caso e estão considerando medidas para apoiar as crianças e suas famílias, bem como tomar providências contra a instituição.

A Polícia Civil justificou que a prisão preventiva das diretoras foi uma medida de precaução para evitar que continuassem a cometer agressões e para não interferirem nas investigações em curso.

A investigação policial teve início após a denúncia de uma tia de uma das crianças, que observou ferimentos no corpo da sobrinha de dois anos. Ela suspeitava que esses ferimentos fossem resultado de mordidas. Apesar das tentativas de conversar com a criança, esta permanecia calada até que, recentemente, indicou uma das diretoras como a responsável pelas agressões.

A mãe de outra criança relatou que sua filha era submetida a castigos, como ser trancada em um banheiro escuro por mais de uma hora, além de sofrer agressões físicas.

Outros pais também procuraram a Polícia Civil para denunciar casos de maus-tratos que seus filhos teriam sofrido na instituição de ensino. As diretoras detidas foram encaminhadas ao Presídio Estadual de Guaporé após a autuação na delegacia de polícia.