Polícia Civil desencadeia operação em doze municípios do sul do Brasil

Polícia Civil/Divulgação

A Polícia Civil lançou hoje a “Operação Galápagos”, cumprindo um total de 22 mandados de prisão, 19 de busca e apreensão, 9 de sequestro de veículos e 1 de sequestro de um imóvel de alto padrão em doze municípios nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

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Os principais alvos dessa operação são familiares do traficante conhecido como “Beto Fanho”, que era líder de uma facção criminosa e foi morto em Gravataí. A operação envolve a atuação de 150 policiais civis, e até o momento, 19 pessoas foram presas.

Nesse desdobramento da operação, estão sendo executadas 72 medidas cautelares, incluindo prisões preventivas, temporárias, buscas e apreensões domiciliares, além de sequestros de veículos de luxo e um imóvel avaliado em R$ 2 milhões.

Os crimes sob investigação incluem tráfico de drogas, associação para o tráfico, associação criminosa armada, porte ilegal de munições e armas de fogo, comércio ilegal de armas de fogo, entre outros.

No Rio Grande do Sul, os mandados de prisão estão sendo cumpridos simultaneamente em diversas cidades, incluindo Porto Alegre, Canoas, Cachoeirinha, Charqueadas, Sapucaia do Sul, Sentinela do Sul e Novo Hamburgo. Em Santa Catarina, as diligências ocorrem nas cidades de Florianópolis, Bombinhas, São José, Palhoça e Criciúma.

De acordo com o delegado Rafael Liedtke, as investigações tiveram início em maio, como desdobramento da operação que resultou na morte do líder de facção conhecido como “Beto Fanho”, em Gravataí. Naquela ocasião, os agentes públicos foram recebidos a tiros durante uma busca em um sítio na região de Morungava, resultando na morte do criminoso.

Dessa operação, foram apreendidas várias armas de fogo, munições de diferentes calibres, veículos, drogas, quantias em dinheiro e aparelhos celulares.

As investigações subsequentes revelaram a existência de uma associação criminosa armada altamente organizada, especializada em crimes como tráfico de drogas, porte ilegal de munições e armas de fogo, e comércio ilegal de armas de fogo. O grupo atuava em Gravataí e arredores, bem como na zona Norte de Porto Alegre, com ramificações no estado vizinho de Santa Catarina.

Durante o curso das investigações, esse grupo, que se autodenominava “tropa do pinguim”, estava envolvido em uma disputa violenta pelo controle de pontos de venda de drogas na Capital e região Metropolitana, contribuindo significativamente para o aumento da violência nas áreas onde operava. Além disso, o grupo mantinha conexões com traficantes que estavam reclusos no sistema penitenciário e no regime semiaberto, mas ainda envolvidos no tráfico de drogas e no comércio de armas de fogo.