Golpe dos Nudes: oito pessoas são presas por extorsão no RS e SC

Foto: Divulgação/Polícia Civil

Nesta quarta-feira (13), oito pessoas foram presas preventivamente em cidades do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina sob suspeita de aplicar o chamado “golpe dos nudes”. A investigação teve início em 2021, quando uma vítima de São Sepé, na Região Central, denunciou o crime às autoridades.

De acordo com as investigações, o grupo criminoso chegou a simular o suicídio de uma menor de idade para extorquir uma das vítimas. Além disso, documentos da Polícia Civil e do Instituto-Geral de Perícias (IGP) foram falsificados para dar credibilidade ao golpe.

O Bairrista mais perto de ti, vivente!
Ouça o Notícias na Hora do Mate, o podcast do Bairrista: Clique aqui!

Acreditamos que existam outras vítimas e mais pessoas envolvidas. No caso que originou a investigação, a vítima chegou a depositar R$ 9,5 mil, e logo em seguida, os suspeitos alegaram que a jovem havia se suicidado, exigindo mais R$ 18 mil para não levar o caso à polícia“, explicou ao G1, a delegada Carla Dolores Castro de Almeida, titular de São Sepé.

Segundo as autoridades, os golpistas movimentaram mais de R$ 1 milhão em golpes aplicados no RS. Eles teriam adquirido carros de luxo e apartamentos em praias de ambos estados por meio dessa prática criminosa.

Além das oito prisões, que ocorreram em cidades como Porto Alegre, Charqueadas, Florianópolis e Joinville, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão. Durante a operação, foram apreendidos celulares supostamente utilizados para aplicar o golpe. Os suspeitos devem responder pelos crimes de extorsão e associação criminosa, e todos eles já tinham registros criminais.

A investigação também revelou que os golpistas se passavam por delegados de polícia e promotores de Justiça. Eles criavam perfis falsos de jovens e estabeleciam amizades com homens, convencendo-os a compartilhar imagens íntimas por meio de aplicativos de mensagens.

Posteriormente, um suposto pai da adolescente entrava em contato exigindo pagamento para não denunciar o caso às autoridades e à imprensa. Falsas autoridades também faziam parte do esquema, forçando as vítimas a depositar dinheiro em contas bancárias de familiares e “laranjas”.