Joilson Marconne / CBF
A Fifa e a Conmebol emitiram um comunicado conjunto manifestando séria preocupação com a intervenção judicial na Confederação Brasileira de Futebol (CBF). De acordo com as entidades, essa interferência de terceiros viola seus Estatutos e, se a intervenção judicial for mantida, medidas sancionatórias serão aplicadas.
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De acordo com o jornal O Globo, isso implica que o Brasil ficará impedido de sediar qualquer evento internacional, as seleções nacionais não poderão participar de competições e os clubes brasileiros não terão permissão para jogar em campeonatos fora do país. Na prática, isso representaria um golpe devastador para a candidatura brasileira à Copa do Mundo Feminina em 2027, causaria sérios danos à imagem do Brasil no cenário mundial e afetaria toda a cadeia produtiva do futebol nacional, colocando em risco milhares de empregos.
O futebol brasileiro atualmente contribui com cerca de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, com grande parte das receitas originadas de fontes internacionais, como jogos da seleção e participação de clubes em competições como a Copa do Mundo, a Libertadores e a Sul-Americana. A imposição dessa punição pela Fifa interromperia essas fontes de receita.
Um exemplo semelhante ocorreu em 2022, quando a Fifa suspendeu a Índia devido a uma decisão judicial que determinou uma intervenção semelhante na federação de futebol do país. Essa suspensão ameaçou a realização da Copa do Mundo Feminina na Índia, sendo revertida apenas quando a Suprema Corte do país revogou a intervenção, levando a Fifa a suspender a sanção.
Outro caso foi o da Nigéria, em 2014, que foi suspensa devido a uma intervenção judicial na federação de futebol do país. Vale lembrar que a África do Sul também foi suspensa pela Fifa em 1961 devido ao regime racista do apartheid. Recentemente, em 2022, a Rússia também enfrentou sanções da Fifa devido à guerra contra a Ucrânia.