Operação investiga células neonazistas em Porto Alegre e outras quatro cidades do Rio Grande do Sul

Foto: Divulgação/Polícia Civil

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, juntamente com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e colaboradores policiais de três outros estados, iniciou uma significativa ofensiva contra o neonazismo na manhã desta terça-feira (14). Como parte da Operação Accelerare, foram emitidos nove mandados de prisão e 23 de busca e apreensão, visando desmantelar células neonazistas ativas no Brasil e suas conexões internacionais.

De acordo com a delegada Tatiana Bastos, a operação investiga grupos que promovem o antissemitismo, separatismo, racismo, misoginia e outras formas de ódio contra minorias e diversidade. As investigações, iniciadas em junho, resultaram na apreensão de armas, literatura nazista, computadores e telefones, fundamentais para desvendar as atividades de armazenamento de dados e comunicação desses grupos.

A delegada revelou preocupações com a possibilidade de esses grupos planejarem atentados contra defensores da diversidade, incluindo agentes políticos e acadêmicos que combatem o neonazismo.

No Rio Grande do Sul, as ações policiais ocorrem em várias cidades, incluindo Porto Alegre, Gravataí, Capão da Canoa, Pantano Grande e Venâncio Aires. Estas células neonazistas demonstram uma articulação sofisticada, estando conectadas a mais de 32 mil grupos semelhantes ao redor do mundo.

A Operação Accelerare é um desdobramento de investigações que começaram com a prisão de suspeitos ligados ao neonazismo na região metropolitana, onde materiais ideológicos foram apreendidos em Porto Alegre, Canoas, Nova Santa Rita e Novo Hamburgo.

A polícia encoraja denúncias de atividades neonazistas através do Disque Direitos Humanos – Disque 100, do Disque Denúncia 181, ou pelo WhatsApp (51) 98444-0606, reforçando o compromisso das autoridades no combate à intolerância e ao ódio.