Foto: Divulgação
Luciane Barbosa Farias, esposa de Clemilson dos Santos Farias, um dos principais nomes do Comando Vermelho no Amazonas, realizou visitas ao Ministério da Justiça brasileiro neste ano, gerando um debate público.
Clemilson, mais conhecido como “Tio Patinhas”, está cumprindo uma pena de 31 anos por crimes, incluindo lavagem de dinheiro e associação ao tráfico, na prisão de Tefé (AM). Luciane, também condenada por crimes semelhantes, apela de sua sentença de dez anos em liberdade.
Estas visitas de Luciane ao Ministério incluíram reuniões com importantes figuras, como os secretários de Políticas Penais, Rafael Velasco; de Assuntos Legislativos, Elias Vaz; e a coordenadora do Pronasci, Tamires Sampaio.
Esta informação, foi divulgada pelo jornal O Estado de São Paulo e levantou questões sobre a natureza desses encontros. O ministro da Justiça, Flávio Dino, respondeu às alegações nas redes sociais, enfatizando que nunca teve audiências com líderes de facções criminosas ou seus associados e desmentindo sua presença nas reuniões em questão.
Elias Vaz, Secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, também se pronunciou, confirmando o encontro com Luciane, mas esclarecendo que a reunião ocorreu no contexto de uma agenda com um ex-deputado.
Confira integra:
“Informo que, no dia 14 de março, recebi solicitação de audiência por parte da Sra. Janira Rocha, ex-deputada estadual no Rio de Janeiro e vice-presidente da Comissão de Assuntos Penitenciários da ANACRIM-RJ.
Na reunião, realizada no dia 16 de março, a Sra. Janira Rocha veio acompanhada das senhoras Ana Lúcia, mãe do jovem Lucas Vinícius, morto em 2022.
E também de Luana Lima, mãe de Lara Maria Nascimento, morta em 2022; e de Luciane Farias, do estado do Amazonas. Durante a audiência, das mães Ana Lúcia e Luana Lima, escutei reivindicações pedindo celeridade nas investigações sobre a morte dos filhos.
Na ocasião, recebi os documentos anexos, nenhum tratando de casos ocorridos no estado do Amazonas. Quanto à Sra. Luciane, ela estava como acompanhante da advogada Janira Rocha, e se limitou a falar sobre supostas irregularidades no sistema penitenciário.
Por esta razão, foi sugerido à advogada Janira Rocha que elas procurassem a Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN).
Tenho uma longa trajetória parlamentar e política, sempre com a marca da seriedade. Atendi a advogada Janira Rocha e acompanhantes por conhecer a citada profissional e ela desejar falar sobre vítimas de homicídios.
Repudio qualquer envolvimento abjeto e politiqueiro do meu nome com atividades criminosas.”