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Leandro Boldrini, condenado a 31 anos e oito meses de prisão pelo homicídio de seu filho de 11 anos, Bernardo Uglione Boldrini, iniciou o cumprimento de sua pena no Presídio Regional de Santa Maria na última terça-feira (7). A 3ª Câmara Criminal determinou a remoção da tornozeleira eletrônica e o início do regime semiaberto para o médico, conforme informações do Tribunal de Justiça. Boldrini se entregou voluntariamente à prisão.
Ezequiel Vetoretti, advogado de Boldrini, comentou que a volta de seu cliente à cadeia era um desfecho previsto, considerando a disponibilidade de vaga para o regime semiaberto em Santa Maria. Boldrini mudou-se para a cidade há aproximadamente dois meses, local onde estão enterrados Bernardo e sua mãe, Odilaine Uglione.
Este retorno ao presídio foi solicitado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS). A justiça, entretanto, rejeitou a reconsideração da progressão para o regime semiaberto, uma decisão também contestada pelo MP.
O caso do menino Bernardo, falecido em abril de 2014 após receber uma dose excessiva de sedativo, chocou o país. Além de Boldrini, a madrasta de Bernardo, uma amiga dela e o irmão desta amiga foram condenados pelo crime em 2019. Embora a sentença inicial de Boldrini tenha sido anulada pelo Tribunal de Justiça em 2021, ele foi novamente condenado em março deste ano por homicídio quadruplamente qualificado e falsidade ideológica, sendo absolvido da acusação de ocultação de cadáver.
Preso desde 2014, Boldrini atendeu ao tempo necessário para a progressão de regime, tendo trabalhado na cozinha do presídio anterior. Em julho, ele foi autorizado a usar tornozeleira eletrônica devido à falta de vagas no sistema prisional, uma medida em linha com o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF). Com a mudança para Santa Maria, o processo foi transferido da 1ª Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre para a Vara de Execução Criminal Regional de Santa Maria.