Brasil muda o tom diante de Israel e pede segurança para brasileiros que estão em Gaza

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A diplomacia brasileira ampliou as iniciativas diplomáticas para assegurar o retorno seguro dos brasileiros retidos na Faixa de Gaza, região marcada por intensos conflitos. Atualmente, um grupo de 34 indivíduos, incluindo 24 brasileiros e 10 palestinos com parentesco, aguarda permissão para cruzar a fronteira com o Egito e deixar a zona de risco.

Nas últimas negociações, figuras notáveis como o Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o assessor especial Celso Amorim, e o presidente Lula (PT), estão diretamente envolvidos.

Segundo o g1, fontes ligadas ao processo revelam que o Brasil vem enfatizando seu papel de liderança na América Latina para acelerar a evacuação, ao mesmo tempo em que expressa uma posição crítica à maneira como Israel tem reagido aos ataques iniciados pelo Hamas, que é reconhecido pelo Brasil e pela União Europeia como uma organização terrorista.

Os confrontos, que persistem por mais de um mês, resultaram em mais de 10 mil fatalidades, de acordo com as autoridades de saúde de Gaza, administradas pelo Hamas. Entre as vítimas, relata-se a morte de ao menos quatro mil crianças, embora esses números não possam ser verificados independentemente. Em resposta aos ataques do Hamas, Israel sofreu a perda de 1,4 mil indivíduos, incluindo crianças. Além disso, há relatos de aproximadamente 200 reféns nas mãos do Hamas.

Diante dessa situação, a administração Lula enviou uma advertência clara a Israel: quaisquer danos aos cidadãos brasileiros presentes na zona de conflito poderiam levar a um rompimento insustentável nas relações diplomáticas. O governo brasileiro destaca que outros países latino-americanos, como o Chile, já adotaram medidas severas em resposta à situação, incluindo a retirada de embaixadores.

Adicionalmente, o Brasil informou que um avião presidencial está disponível no Egito há semanas, aguardando a liberação para resgatar os brasileiros e seus familiares palestinos em Gaza. As autoridades brasileiras sublinham que o país foi um dos primeiros a apresentar uma lista com os nomes dos seus nacionais que necessitam de repatriação, reforçando a urgência dessa ação humanitária.