Foto: Divulgação/Polícia Civil
Na manhã desta terça-feira (10), a Polícia Civil lançou a Operação Fair Play, visando conter o aumento da violência entre torcedores dos clubes Grêmio e Inter. A operação, que se estendeu por Porto Alegre, Canoas, Esteio e Novo Hamburgo, executou 12 mandados de busca e apreensão e efetuou uma prisão preventiva.
O ponto de partida das investigações ocorreu em 13 de setembro, durante o confronto entre São Paulo e Internacional. Nessa ocasião, torcedores do Grêmio, disfarçados com uniformes do Inter, infiltraram-se no Estádio Beira-Rio e confiscaram um banner da torcida adversária. Posteriormente, esse item foi ostentado nas redes sociais como um “troféu” conquistado.
Durante as investigações, um conselheiro ligado ao Grêmio foi identificado como participante dessas ações criminosas, sendo também associado ao grupo Geral.
Através de sua assessoria, o Grêmio informou que o Presidente do Conselho Deliberativo junto aos membros da Comissão de Ética irão analisar a situação do conselheiro e tomar as devidas providências sobre o caso.
O delegado Vinicius Naham, responsável pela coordenação da operação, destacou as ações feitas.
“Os materiais subtraídos de torcidas organizadas rivais são considerados troféus e exibidos em redes sociais como uma forma de provocação após o crime. A deflagração da operação visa evitar uma escalada de violência entre as duas maiores torcidas organizadas da dupla Grenal”, afirmou
Naham, que também é chefe da 2ª DP da Capital, indicou que a operação levou à detenção de um homem de 33 anos em Novo Hamburgo, identificado como o cérebro por trás do furto. O detido, segundo relatos, tem um histórico de envolvimento em vários delitos, incluindo danos à cabine do VAR em 2021 e um ataque a um ônibus de torcedores do Internacional no mesmo ano, que resultou em lesões graves a uma vítima.
Adicionalmente, o suspeito foi implicado em ataques a veículos de mídia durante uma partida no Estádio São José em janeiro. Um revólver calibre .22 foi confiscado durante sua prisão.