Miguel Scapin/O Bairrista
A taxa de desocupação no Brasil atingiu 7,8% no trimestre encerrado em agosto de 2023, marcando uma queda de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, que compreendeu o período de março a maio de 2023. Este índice representa o menor patamar desde fevereiro de 2015, quando estava em 7,5%. Em comparação com o mesmo período de 2022, a taxa de desemprego reduziu-se em 1,1 ponto percentual. Esses dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
O número de pessoas desempregadas foi de 8,4 milhões durante o trimestre encerrado em agosto de 2023, representando o menor contingente desde o trimestre móvel finalizado em junho de 2015, quando atingiu 8,5 milhões. Isso implica em uma redução de 5,9% em comparação com o trimestre que se encerrou em maio de 2023, o que equivale a uma diminuição de 528 mil pessoas desempregadas no país. Em relação ao ano anterior, a queda foi ainda mais expressiva, chegando a 13,2%, representando uma redução de 1,3 milhão de pessoas desempregadas.
A pesquisa também revela um aumento tanto no emprego formal quanto no informal no trimestre encerrado em agosto. O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos) atingiu 37,248 milhões, o maior contingente desde fevereiro de 2015, representando um aumento de 1,1% em relação ao trimestre anterior, ou seja, 422 mil pessoas com carteira de trabalho assinada a mais. Em comparação com o ano anterior, houve um aumento de 3,5%, equivalendo a 1,3 milhão de empregados com carteira assinada adicionais.
Além disso, o número de empregados sem carteira no setor privado também cresceu, totalizando 13,2 milhões, um aumento de 2,1% no trimestre, o que corresponde a 266 mil pessoas a mais, com estabilidade na comparação anual.
A Pnad Contínua é uma pesquisa fundamental para monitorar a força de trabalho no Brasil, sendo realizada em uma amostra que abrange 211 mil domicílios pesquisados. Mais de dois mil entrevistadores participam da pesquisa, que é conduzida em 26 estados e no Distrito Federal, com o apoio de mais de 500 agências do IBGE.