Foto: Vitor Soccol/ S.E.R. Caxias
Na acirrada semi-final da Série D do Campeonato Brasileiro de Futebol, o time do Caxias teve sua jornada encerrada diante do Ferroviário-CE em um jogo marcado por 23 minutos de tempo extra, anulação de quatro tentativas de gol e validação de um pelo VAR.
A performance da arbitragem, sob o comando de Leonardo Willers Lorenzatto, levou ao descontentamento do Caxias, resultando na expulsão de seis membros da equipe, conforme registrado na súmula oficial da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ainda há relatos de que um boletim policial foi registrado.
O árbitro mostrou o cartão vermelho para Eduardo Maus, preparador físico do time, ainda na primeira metade da partida devido a protestos. Durante a prorrogação, outros cinco profissionais – o treinador Gerson Gusmão, o assistente Diego Albrecht, o meio-campista Augusto Galvan, o defensor Peu e o atacante Joãozinho – foram também expulsos, todos por reclamação ou insultos, de acordo com a súmula do jogo.
Conforme indicado no documento oficial do confronto, o árbitro relatou ter sido alvo de ofensas por parte do fisioterapeuta Diego Silva, membro da comissão técnica do Caxias. Ele alega ter registrado um boletim de ocorrência contra o profissional por calúnia.
Detalhes das Expulsões
- Eduardo Maus foi expulso aos 31 minutos do primeiro tempo após protestos veementes.
- Peu foi expulso no minuto 58 do segundo tempo por atos considerados desrespeitosos.
- Joãozinho, atacante do Caxias, foi expulso no minuto 58 da segunda etapa por desacato e ofensas ao árbitro.
- Gerson Gusmão, treinador da equipe, foi expulso por atirar um copo d’água ao solo em forma de protesto aos 58 minutos do segundo tempo.
- Augusto Galvan foi expulso também aos 58 minutos da segunda etapa por ofender o árbitro após invadir o campo de jogo.
- Diego Albrecht, auxiliar técnico, foi expulso aos 63 minutos do segundo tempo após irromper no campo para protestar contra as decisões da arbitragem.
Ocorrências e Observações
Eu, Leonardo Willers Lorenzatto, árbitro da partida, informo que fui ofendido moralmente e de forma homofóbica e xenofóbica pelo senhor Diego José da Silva, membro da comissão da equipe do Caxias. O mesmo, logo após o encerramento da partida, de imediato invadiu o campo de jogo vindo em minha direção de forma agressiva, aos gritos, com o dedo em riste no meu rosto, proferindo as seguintes palavras: “você é um bandido, filho da pu…, seu vead…, você estava mal intencionado, a CBF que te colocou aqui porque em Mato Grosso não existe futebol. Quero que você apareça em Caxias, você vai apanhar vagabundo, nunca mais vai apitar. vamos acabar com a sua carreira”. Por diversas vezes me chamou de bandido e ofendeu a minha índole moral e honra. O mesmo precisou ser contido pelo policiamento e atletas da sua equipe. Informo que registrei um boletim de ocorrência por calúnia contra o mesmo após o jogo. Boletim de ocorrência nº 931 – 170408/2023.