Romildo Bolzan retorna à presidência do PDT após oito anos

Foto: Divulgação/PDTRS

Romildo Bolzan retorna ao posto de presidente do PDT após uma pausa de oito anos enquanto liderava o Grêmio e um breve período sabático. Na reunião do diretório estadual realizada no último sábado (2), Bolzan foi eleito presidente, em um processo que não viu qualquer concorrência para o cargo.

Conhecido por sua influência tanto na política quanto no futebol, a volta de Bolzan ao PDT era esperada e segue uma trajetória de carreira que iniciou no campo político e eventualmente o levou ao mundo esportivo.

O grupo ligado ao prefeito de São Sepé, João Luiz Vargas, chegou a considerar uma oposição interna, mas decidiu aceitar posições dentro da diretoria executiva. Romildo foi eleito em candidatura única, uma manobra que visa manter a coesão partidária num momento sensível, já que as eleições municipais de 2024 se aproximam.

O primeiro desafio que Bolzan enfrentará é a potencial perda de vereadores durante um período de mudanças em março de 2024. Partidos como o PL estão seduzindo membros do PDT com promessas de maior financiamento de campanha proveniente do fundo eleitoral.

“Essa é a velha prática da cooptação. O PDT tem que se reposicionar, sem esquecer os seus valores políticos, históricos e de condutas”, afirmou Romildo

O segundo desafio é o aprimoramento das estratégias de comunicação, tanto internas quanto externas. O objetivo é revigorar o ânimo dos membros do partido para ganhar mais prefeituras e aumentar a presença de vereadores nas câmaras.

“O mais importante de tudo é criar um discurso de “entidade”, que se relaciona com o novo, que tem um propósito. Precisamos ser confiáveis para os nossos interlocutores e fazer propostas de políticas públicas que nos diferenciem dos outros partidos”, acrescentou

Quanto à atual participação do PDT no governo Eduardo Leite, Bolzan foi claro: ” Fui contra a entrada no governo Leite e hoje acho que participação do PDT é mínima, precária e sem poder de decisão e de influência. Se alguém quiser reabrir a discussão, colocarei em pauta, mas quem tem de decidir é a mesma instância que aprovou a entrada no governo ou uma instância superior.