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A polícia confirmou nesta quinta-feira (28) que o corpo encontrado dentro de uma mala em uma geladeira em um apartamento no Sergipe é do advogado e jornalista gaúcho Celso Adão Portella. A descoberta foi feita durante uma ação de despejo no último dia 20, quando oficiais de Justiça encontraram o corpo em avançado estado de decomposição. Uma mulher de 37 anos, que afirmou ser companheira da vítima e morava no local, foi presa sob suspeita de ocultação de cadáver.
A identificação do corpo foi possível através de prontuários clínicos e hospitalares de Celso, além de uma prótese que ele possuía. Documentos pessoais dele também foram encontrados no apartamento. Além disso, três filhos de Celso, que residem no Rio Grande do Sul, foram ouvidos pelos investigadores.
A causa da morte e o estado de conservação do corpo, que é uma incógnita, serão examinados pelo IML.
A mulher citada, uma técnica de enfermagem, relatou em depoimento que o homem era seu companheiro e que o encontrou morto em 2016, após retornar do trabalho. Ela alegou que colocou o corpo em posição fetal dentro da mala e o escondeu na geladeira por medo do que as pessoas pensariam sobre a morte dele.
Durante o cumprimento da ordem de despejo, a mulher foi encontrada ferida, e a polícia afirma que as lesões foram autoinfligidas. No apartamento, estava também a filha dela, de quatro anos, que foi recolhida pelo Conselho Tutelar.
Além da acusação de ocultação de cadáver, ela enfrenta acusações de maus-tratos à criança devido às condições insalubres do apartamento, com lixo e entulho. A suspeita encontra-se atualmente em tratamento psiquiátrico no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico. Ela será reavaliada em 45 dias, e o hospital emitirá um novo laudo para encaminhar à Justiça.