Pai e madrasta de Bernardo Boldrini recebem condenações por crimes anteriores ao assassinato

O julgamento de Leandro Boldrini, acusado de matar o filho Bernardo Boldrini, começou na manhã desta segunda-feira (20), em Três Passos.
Foto: Divulgação/TJRS

Leandro Boldini e Graciele Ugulini, pai e madrasta de Bernardo Uglione Boldrini, enfrentam condenações por tortura, abandono material, e submissão a vexame e constrangimento relacionados ao triste caso do assassinato do menino, ocorrido em 2014, em Três Passos, no Noroeste. Esta decisão foi proferida na última terça-feira (19) e veio à tona nesta sexta (22) pelo portal G1, em um processo que investigou crimes anteriores ao homicídio.

Leandro recebeu uma sentença de 5 anos, 6 meses e 20 dias de reclusão, enquanto Graciele foi condenada a 2 anos e 6 meses de prisão, juntamente com multas. É importante destacar que a decisão pode ser objeto de recurso.

A denúncia, datada de outubro de 2016, refere-se a acontecimentos ocorridos antes da morte de Bernardo. O Ministério Público alega que, entre o segundo semestre de 2010 e a data do óbito de Bernardo em 4 de abril de 2014, Leandro e Graciele negligenciaram sua subsistência, privando-o dos recursos necessários.

Segundo o MP, Bernardo foi submetido a “sofrimento mental intenso” com o objetivo de desestabilizá-lo emocionalmente. Ele também foi impedido de interagir com sua irmã, ameaçado de morte e proibido de mencionar sua falecida mãe. O promotor também alega que Bernardo não recebia alimentação adequada, apesar da situação financeira dos réus.

A sentença menciona vídeos que evidenciam uma “relação de abusos, sofrimento e crueldades mentais” com a intenção de punir Bernardo.

Atualmente, Leandro está cumprindo pena no regime semiaberto em Santa Maria, onde o corpo de Bernardo foi enterrado ao lado de sua mãe. Graciele, que já cumpre pena desde 2014 pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado e ocultação de cadáver, terá a oportunidade de ingressar no regime semiaberto em julho de 2026.