Coudet completa dois meses diante do Inter e vive montanha-russa entre Libertadores e Brasileirão

Foto: Ricardo Duarte/Inter

O atual treinador do Inter, Eduardo Coudet completou na última terça-feira (19) dois meses diante do clube em seu retorno. O desafio contra o Athletico-PR aguarda às 19h30 desta quinta-feira (21). Essa é a 13ª partida da nova gestão, iniciada em 19 de julho. Em pouco mais de 60 dias, foi visto uma trajetória quase impecável na Libertadores e um alerta no Campeonato Brasileiro. Uma montanha-russa de emoções, como o “Chacho” trouxe para a torcida colorada.

Em números puros, o desempenho do treinador argentino não sugere total entusiasmo. Em 12 embates entre Libertadores e Brasileirão, temos um índice de sucesso de 44%. No campeonato nacional, saiu vitorioso em apenas um dos oito confrontos. Com tal performance, o time estaria na 18ª colocação. Entretanto, começa a rodada em 12º, uma posição abaixo de quando Mano Menezes foi dispensado após 15 jogos.

Futebol não é meramente estatística, como aquele dia evidenciou. Com a derrota de 2 a 1 em Buenos Aires, os torcedores fizeram história no Beira-Rio pós-Copa 2014, mostrando sua paixão e eliminando a equipe argentina após intensos pênaltis. Vimos novamente o estilo Coudet: um time vibrante, empolgante e envolvente.

“Sou feliz aqui. Me identifico com essa loucura que tem o torcedor do Inter. Da outra vez foram poucos momentos assim, por causa da pandemia. Agora estou desfrutando também. Jogar com nossos torcedores nos dá um plus”, disse, ao eliminar o Bolívar, nas quartas da Libertadores.

Este último confronto destaca o Coudet de 2023, uma transformação desde 2020. Em La Paz, ele adotou uma estratégia mais conservadora, com defensores focados, conservando energia na elevada altitude.

A trajetória no Brasileirão causa certa preocupação, dada a posição atual na tabela. Porém, o rebaixamento não é uma discussão dominante. Há um consenso de que a maré mudará, especialmente após a decisiva Libertadores.

O terceiro mês de Coudet no Internacional é crucial para o destino na Libertadores. Também influenciará o futuro do treinador, cujo contrato se estende até dezembro, com as probabilidades de renovação crescendo a cada performance positiva.