Trio de Caxias do Sul almeja vaga em Paralimpíadas de Paris no próximo ano

Foto: Divulgação/Recreio da Juventude

Em exatamente um ano, atletas paralímpicos do Brasil desfilarão na cerimônia de abertura das Paralimpíadas de Paris, que ocorrerão de 28 de agosto a 8 de setembro de 2024. Segundo estimativas do Comitê Paralimpíco Brasileiro (CPB), cerca de 250 atletas representarão o país em 549 competições distribuídas em 22 esportes. Entre eles, três atletas de Caxias do Sul estão em preparação intensiva para integrar o time.

O CPB almeja que o Brasil permaneça entre os oito melhores países, com uma expectativa de conquistar entre 70 a 90 medalhas. Na última edição em Tóquio, o país obteve 72 medalhas, sendo 22 de ouro, 20 de prata e 30 de bronze.

Protagonistas de Caxias do Sul na esperança de representar o Brasil

Marcelo Casanova, especialista em judô; Larissa Rodrigues, nadadora; e Maria Eduarda Stumpf, da categoria de taekwondo, são os atletas que estão se destacando. A inovadora cerimônia de abertura será realizada na Champs-Élysées e na Praça da Concórdia, ao invés de um estádio, como nas edições anteriores.

Treinamento e desafios

Em busca de qualificação, os atletas estão acumulando pontos em torneios internacionais. Enquanto Casanova e Larissa são membros do Recreio da Juventude, Maria Eduarda faz parte do projeto ACTKD/UCS.

Apesar das adversidades enfrentadas, os atletas veem no esporte uma forma de superação. “O esporte tem muita a significância para mim em aceitação, em sair da zona de conforto, em me desafiar. Com a natação, eu pude perceber que as minhas qualidades são muito superiores a qualquer restrição. Dentro da natação eu posso dizer que eu consigo expressar com o meu corpo, quem eu realmente sou. Dentro de água eu consigo mostrar a minha melhor versão para mim mesma e para todas as pessoas”, destacou Larissa

Casanova, que sofre de albinismo e astigmatismo, é atualmente o quarto no ranking mundial de judô. Ele está otimista sobre a possibilidade de competir em Paris. Maria Eduarda, que tem uma lesão no braço esquerdo desde o nascimento, já ganhou uma medalha de ouro e uma de bronze em competições em Paris.

Para esses atletas, as Paralimpíadas são muito mais que uma competição; elas representam a superação pessoal e a capacidade de transcender as limitações percebidas. “Eu sou muito mais do que as pessoas veem. Eu não sou apenas a Maria Eduarda que tem uma deficiência. Sou a Maria Eduarda atleta”, ressalta Maria Eduarda.

Com foco e dedicação totais, esses atletas paralímpicos estão em uma jornada para representar o Brasil nas Paralimpíadas de Paris 2024 e inspirar uma nação com suas histórias de resiliência e conquista.