Suposto médium e sua esposa são acusados de crimes sexuais em Porto Alegre

Foto: Reprodução/RBS TV

Um homem, que se apresentava como médium, e sua esposa estão enfrentando acusações de crimes sexuais em Porto Alegre. Alberto Deluchi, com 70 anos, está sob investigação por pelo menos dois casos de violação sexual mediante fraude e um caso de estupro de vulnerável.

De acordo com o Ministério Público, os incidentes aconteceram em um centro espírita e na residência do casal. As vítimas procuravam Alberto porque ele se apresentava como médium. Contudo, a Polícia Civil não confirmou se ele realmente atuava legitimamente como médium.

Arlete Deluchi, companheira de Alberto, também é acusada de contribuir para os abusos. A polícia afirma que quando as vítimas eram recebidas na casa do casal, ela pedia que outras pessoas saíssem da sala. Então, ele supostamente cometia os atos.

Uma das mulheres que buscou o suposto médium em busca de ajuda devido a um câncer relatou à RBSTV o que aconteceu quando ficou sozinha. “Ele começou a passar a mão em mim como se estivesse fazendo um passe espiritual e ele começou a me apertar. Em uma dessas situações, ele tremia, como se quisesse que eu sentisse o pênis dele“, disse.

Segundo a polícia, em 2017, quando soube que a vítima não tinha melhorado, Alberto foi até o hospital onde ela estava internada na UTI. “Eu estava com o abdômen aberto, usando um curativo a vácuo onde meus órgãos estavam expostos. Eu estava usando fraldas, e ele passava a mão por baixo da minha fralda. Eu me movi, e ele parou imediatamente e saiu do quarto sem dizer nada.”

A Federação Espírita do Rio Grande do Sul divulgou uma nota informando que o suposto médium não tem vínculo com a instituição e que a Sociedade Espírita João Cardoso de Mello, onde os abusos teriam ocorrido, não segue as diretrizes de funcionamento da federação.

Alberto foi denunciado por estupro de vulnerável após a conclusão do inquérito policial. O Ministério Público também adicionou uma acusação relacionada a um suposto crime ocorrido na Sociedade Espírita onde ele atuava, mas a Justiça negou a prisão com base na residência fixa e na ausência de antecedentes criminais.

O homem também é alvo de relatos de abusos ocorridos há mais de 30 anos. Mulheres que eram adolescentes na época e frequentavam a casa dele em Cidreira, no Litoral Norte, relatam ter passado por abusos. Embora esses supostos crimes não possam mais ser punidos devido à prescrição, os relatos das vítimas ainda fazem parte do processo que está em tramitação na Justiça.