Foto: Polícia Civil / Reprodução
Na última quinta-feira (24), a Polícia Civil do Rio Grande do Sul efetuou a prisão de Valdir Saggin, um ex-policial militar de Santa Catarina, que estava em fuga desde 8 de março. Conhecido como “Dico,” o indivíduo foi capturado na cidade de Itaqui, próximo à fronteira com a Argentina, após romper sua tornozeleira eletrônica em Sapucaia do Sul.
O ex-oficial, que soma uma pena de 96 anos por múltiplos crimes, já cumpriu 33 anos por delitos como homicídio, extorsão, estelionato, e roubo a bancos em estados do sul do Brasil. Saggin foi notavelmente condenado pelo assassinato de dois agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Santa Catarina em 2001.
A Delegacia de Capturas do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) conduziu a operação de captura. Segundo Gabriel Casanova, o delegado à frente da ação, a prisão de Saggin foi resultado de várias investigações e foi “fundamental para prevenir mais crimes.”
“Após várias horas de campana, Saggin foi visto saindo do imóvel onde estava residindo e foi abordado na rua. Não houve reação. A prisão dele é considerada fundamental a fim de evitar que indivíduos de tamanha periculosidade permaneçam soltos e impunes aos processos e condenações pelos seus atos praticados”, ressalta Casanova.
O foco das investigações agora se volta para determinar se Saggin tinha planos de sair do país ou cometer outros crimes. O ex-PM tinha sido colocado sob monitoramento eletrônico desde dezembro de 2022. Ele cortou o dispositivo pouco mais de dois meses depois. Anteriormente, Saggin já havia escapado da custódia em setembro de 2020, sendo recapturado em janeiro de 2021.
Originário de Catanduvas em Santa Catarina, Saggin foi expulso da Polícia Militar nos anos 1990. Além dos casos já mencionados, ele enfrenta dois novos processos judiciais, que, se resultarem em condenações, podem adicionar até mais 50 anos à sua pena.