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A capital da Argentina, Buenos Aires está tomando medidas drásticas contra uma nova forma de provocação entre torcedores. A Agência de Prevenção da Violência no Esporte (APREVIDE) anunciou recentemente que tomará medidas legais contra torcedores estrangeiros que forem pegos rasgando dinheiro em jogos realizados no país.
Esta ação foi divulgada pelo líder da agência, Eduardo Aparicio, e rapidamente ganhou destaque nas principais plataformas de notícias argentinas.
Aparicio expressou preocupações sobre o ato de rasgar notas de pesos argentinos em estádios, vendo isso como potencialmente incendiário e uma forma de incitar a violência. Com a inflação argentina ultrapassando a marca de 100% no ano passado, rasgar dinheiro virou uma espécie de gesto provocativo, especialmente por parte das torcidas brasileiras.
A APREVIDE citou que tal comportamento está, de fato, em desacordo com os artigos 10 e 14 da Lei 11.929. Esta lei aborda comportamentos inapropriados em eventos esportivos, penalizando aqueles que “perturbam, incitam lutas ou de alguma forma comprometem o desenvolvimento pacífico de um evento esportivo”.
E fica ainda mais sério: o artigo 14 especifica penalidades que vão desde cinco a vinte dias de detenção, além de possível proibição de comparecimento a jogos futuros.
Agora, a bola está com as autoridades policiais locais, que têm a responsabilidade de identificar e deter os infratores. E não são apenas os torcedores brasileiros sob investigação. Incidentes recentes envolveram torcedores chilenos do Colo-Colo e brasileiros torcedores do Santos, Fluminense e do Corinthians.
O ato vem sendo praticado como uma forma de resposta a diversas ações supostamente racistas de torcedores de clubes argentinos. Recentemente, tem se tornado comum em duelos contra brasileiros ver torcedores ‘hermanos’ imitando macacos e praticando gestos aparentemente racistas.