Paulistas são presos em Porto Alegre por golpe do aniversário

Foto: Polícia Civil/Divulgação

A Polícia Civil realizou duas prisões nesta segunda-feira (10) em Porto Alegre, resultando na detenção de dois paulistas de 29 anos. Os suspeitos são acusados de aplicar o golpe do aniversário em mais de cem vítimas na capital gaúcha desde o início do ano, causando um prejuízo total estimado em cerca de R$ 1 milhão.

O grupo criminoso, composto por quatro paulistas (três homens e uma mulher), estaria em Porto Alegre há aproximadamente 30 dias. As investigações revelaram que eles saíam de São Paulo, se hospedavam em hotéis no Centro da cidade e aplicavam golpes antes de partir. Somente em 2023, o grupo teria realizado essa sequência de crimes pelo menos três vezes.

Segundo as investigações, há registros de vítimas que perderam valores como R$ 50 mil, R$ 80 mil e até mesmo uma idosa que foi lesada em cerca de R$ 100 mil.

As duas prisões ocorreram, sendo uma delas no bairro Jardim Lindoia, na Zona Norte, após a polícia receber informações de que um dos suspeitos planejava aplicar novamente o golpe e ir até o local onde ele poderia estar. O suspeito foi perseguido pelas ruas do bairro até ser abordado e preso. Com o suspeito, foram apreendidas três máquinas de cartão de crédito, a motocicleta utilizada no crime (que estava com placas clonadas) e os presentes que seriam entregues a mais uma vítima.

Como funciona o golpe?

No golpe do aniversário, os criminosos telefonam para potenciais vítimas no dia de seu aniversário, fazendo-se passar por representantes de lojas famosas e oferecendo presentes. Alegam que um motoboy, que na verdade é outro membro da quadrilha, irá entregar o brinde ao aniversariante, mas exigem um pagamento para o entregador.

É durante o pagamento ao entregador que os criminosos obtêm a senha da vítima. Em alguns casos, as vítimas, geralmente idosos, informam diretamente a senha ao suposto motoboy. Outra tática usada pelos golpistas é gravar um vídeo enquanto a pessoa digita a senha, justificando que é para fazer uma foto para divulgar a promoção nas redes sociais da suposta loja. A terceira forma é utilizar um dispositivo na máquina de cartão que captura a senha. O delegado ressalta que essa última abordagem é menos comum e está sendo investigada.