Julgamento sobre a privatização da Corsan é suspenso após pedido de vista

Com proposta única, Corsan é vendida por mais de R$ 4 bilhões
Foto: Divulgação/Corsan

O julgamento sobre a privatização da Corsan foi suspenso por um pedido de vista na Primeira Câmara do Tribunal de Contas do Estado (TCE). A análise estava programada para hoje (18), mas foi interrompida a pedido do conselheiro Renato Azeredo.

Apesar da maioria formada, o pedido de vista adia a conclusão do julgamento. Azeredo terá até cinco sessões para devolver o processo com seu parecer.

Antes da suspensão, a conselheira relatora, Ana Cristina Moraes, havia emitido um voto pela anulação do leilão. Após o pedido de vista, o presidente da Primeira Câmara, Estilac Xavier, também votou pela anulação.

Valor da venda são questionados

Ana Cristina acolheu argumentos do Ministério Público de Contas e dos sindicatos contrários à privatização. Foram apontados problemas na avaliação do valor de venda da Corsan. Ela apresentou diferenças entre as projeções do Banco Genial e as demonstrações contábeis da companhia.

A defesa do consórcio Aegea contestou eventuais irregularidades e pediu para que o julgamento fosse direcionado ao plenário do TCE. No entanto, a solicitação não foi acolhida.

Privatização pode ser revertida

Amanhã (19), será analisada a decisão de Postal em derrubar a medida que impedia a assinatura do contrato. Caso a decisão não seja referendada, a privatização poderia ser revertida.

O Ministério Público de Contas defendeu a anulação do leilão. O procurador Geraldo da Camino ratificou os termos do parecer em que pediu que a medida cautelar fosse transformada em definitiva.