Foto: Max Peixoto
Na última segunda-feira (24), o Conselho Deliberativo do Inter optou pela Liga Forte Futebol (LFF) em uma votação que contou com a presença de 303 membros. O placar final mostrou 157 votos para a LFF, 145 votos para a Libra e um voto em branco.
A questão da escolha se deu devido à falta de um acordo para a criação de uma única liga para administrar o Brasileirão. Esta decisão é relevante para a venda dos direitos de transmissão do campeonato por um período de 50 anos, começando em 2025. O Conselho de Gestão agora é responsável por levar adiante o processo de adesão ao grupo escolhido.
A atual administração do Internacional, sob a liderança de Alessandro Barcellos, apoiava a escolha pela LFF. Em março, foi proposta a aprovação de um compromisso para vender, em conjunto com outros clubes do grupo, 20% dos direitos de transmissão por R$ 218 milhões – proposta essa que foi aceita. Dentro do valor a ser negociado futuramente, 45% da receita será distribuída igualitariamente, 30% baseado na performance e 25% considerando a audiência.
Barcellos enfatizou que a aprovação do conselho implica mais responsabilidade, além da necessidade de buscar o melhor para o clube. Ele destacou ainda o compromisso de pagar as dívidas, que atualmente somam cerca de R$ 70 milhões em juros por ano, e o esforço para melhorar a situação financeira do clube.
Desde o início, a proposta da LFF visa a uma distribuição mais justa da receita arrecadada. A diferença para a Libra diminuiu ao longo do tempo, com ambas as ligas se aproximando de uma diferença máxima de 3,5 vezes entre quem arrecada mais e quem arrecada menos.
A principal divergência entre as duas ligas é quanto ao período de transição. Enquanto a LFF busca um equilíbrio imediato, a Libra propõe uma adaptação gradual, mantendo vantagens para algumas equipes como Corinthians e Flamengo.
A Libra acredita que quaisquer alterações estatutárias devem ser aprovadas por unanimidade, enquanto a LFF exige dois terços dos votos para qualquer alteração. A Libra propôs um investimento de R$ 99 milhões por 12,5% dos direitos de transmissão.
A oposição no Inter, liderada pelo Movimento Inter Grande (MIG), era a principal defensora do acordo com a Libra.
Os clubes que fazem parte da Libra incluem Atlético-MG, Bahia, Bragantino, Corinthians, Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Sampaio Corrêa, Santos, São Paulo e Vitória.
Os clubes que integram a Liga Forte Futebol são Athletico-PR, Atlético-GO, América-MG, Avaí, Botafogo, Brusque, Ceará, Chapecoense, Coritiba, CRB, Criciúma, Cruzeiro, CSA, Cuiabá, Goiás, Figueirense, Fluminense, Fortaleza, Juventude, Londrina, Operário, Sport, Tombense, Vasco e Vila Nova.