Foto: Divulgação/Prefeitura POA
A prefeitura de Porto Alegre tomou a decisão de passar a cobrar o Internacional pelo uso de uma área pública localizada no complexo Beira-Rio. A área é utilizada como estacionamento e está situada ao lado da Rua Nestor Ludwig. Em dias de jogos e shows, os visitantes chegam a pagar R$ 45 por carro para a empresa contratada pelo clube, e o terreno tem capacidade para mais de três mil veículos.
O assunto foi discutido em uma reunião realizada na última quarta-feira (31) entre o prefeito Sebastião Melo e o presidente do Internacional, Alessandro Barcelos. O clube concordou em realizar os pagamentos, porém, novas reuniões serão agendadas entre ambas as partes para negociar os termos detalhados do acordo.
A prefeitura será responsável por elaborar um Termo de Permissão de Uso (TPU). Os valores do pagamento mensal e o prazo do contrato ainda não foram definidos.
Inicialmente, a prefeitura planejava leiloar esse terreno, e a venda já havia sido autorizada pela Câmara de Vereadores. A área tem um valor estimado em mais de R$ 40 milhões. No entanto, com essa nova possibilidade de cobrança pelo uso, a comercialização do terreno está suspensa.
A reunião ainda serviu para debater o projeto de implantação de torres no complexo. Através de sua conta no Twitter, Melo afirmou que a prefeitura irá avaliar as contrapartidas que o projeto irá trazer para cidade.
Tivemos proveitosa reunião com a direção do @SCInternacional para retomar o debate sobre o projeto de implantação das torres no complexo do Beira-Rio, que tramita na Câmara. Vamos avaliar contrapartidas importantes para a cidade, qualificando espaços públicos. pic.twitter.com/aIlC7YTDg6
— Sebastião Melo (@SebastiaoMelo) May 31, 2023
Para que o Inter coloque o projeto em prática é necessário que haja aprovação na Câmara de Vereadores de uma mudança de lei. A exigência existe porque o clube pretende construir os imóveis comerciais na área que, até então, era doada pela prefeitura para fins esportivos, e não de exploração particular. Além disso, há o debate do impacto visual e ambiental que dois prédios com mais de 70 metros de altura causariam na orla do Guaíba.