Com bastidor conturbado, presidente do Xavante é afastado do cargo

Foto: Italo Santos/GEB

Sem vencer na Série D do Campeonato Brasileiro, o Brasil vive também um momento conturbado em seus bastidores. Em uma reunião extraordinária do Conselho Deliberativo (CD) realizada ontem (3), foi decidido por afastar o presidente do clube, Evânio Tavares, do cargo por 30 dias. A decisão foi tomada para permitir que o Conselho Fiscal (CF) tenha acesso a uma série de documentos assinados pela Direção Executiva do clube e iniciar o trabalho de fiscalização das finanças.

O presidente do CD, Pablo Chagas, explicou ao jornal local, Diário Popular, que não há nada contra o presidente e que a decisão foi tomada exclusivamente para obter acesso a dados e documentos que não estavam sendo apresentados mesmo após solicitações.

Chagas também afirmou que Evânio poderá retornar ao cargo caso nenhuma irregularidade seja observada e mencionou a violação do estatuto ao impedir que o CF exerça sua função de fiscalização. “Temos uma pessoa que estava impedindo que isso acontecesse, o que é uma questão estatutária. O artigo 70 prevê o afastamento para que haja de fato essas investigações“, disse. Em caso de irregularidade, o próximo passo será realizar uma assembleia, e o acusado terá o direito à contraditório e ampla defesa.

Durante esses 30 dias, o clube será liderado pelos três vice-presidentes eleitos: Ricardo Fonseca (vice de futebol), Júlio Sanabria (administrativo) e José Argoud (financeiro).

O afastamento gerou uma comemoração da torcida, que aguardava a decisão na parte de fora do estádio Bento Freitas. Após, os torcedores foram convidados a ir para o Salão de Honra da Baixada para receber explicações da Mesa do Conselho sobre as decisões tomadas.

Na última terça-feira, torcedores protestaram em frente ao estádio exigindo a saída do presidente. Portando faixas de apoio ao técnico Rogério Zimmermann, que enfrenta uma relação desgastada com o mandatário Xavante, eles pediam pela saída de Tavares do comando do rubro-negro.