Foto: Reprodução/Redes Sociais
Atualizado em 13/06 às 18:14
Um gambá adorado como animal de estimação e com uma impressionante base de fãs de 150 mil seguidores nas redes sociais foi apreendido pelo Comando Ambiental da Brigada Militar em Montenegro, no Vale do Caí. Emílio, como era chamado, foi encaminhado para o núcleo de conservação e reabilitação de animais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Segundo relatos dos policiais, o gambá foi apreendido após uma denúncia de maus-tratos. Ele estava sendo criado no quintal da casa de uma técnica de enfermagem, mas não estava recebendo a alimentação adequada para sua espécie.
Emílio, o gambá de 1 ano e 7 meses, tinha sua “rotina” compartilhada nas redes sociais desde que era filhote. Após a apreensão, a técnica de enfermagem entrou com um pedido para ter a guarda do animal e também iniciou uma petição online para solicitar a devolução do gambá.
Animal está recebendo cuidados especiais
Após ser resgatado, o gambá foi encaminhado para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Porto Alegre. A unidade é responsável pelo recebimento de animais silvestres e pertence ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).
Para o G1 RS, o chefe do Cetas, Paulo Wagner, disse que o quadro clínico do gambá é preocupante. E que apresenta dificuldade de locomoção, incapaz de se limpar e se virar. Além disso, as funções metabólicas estão alteradas, o que indica que ele foi submetido a maus-tratos.
Situação parecida com a da Filó
O caso traz à memória o ocorrido com o influenciador Agenor Tupinambá, que ficou famoso por mostrar a rotina com sua capivara “Filó” nas redes sociais e acabou sendo multado pelo Ibama em mais de R$ 17 mil. Ele foi denunciado por suspeita de abuso, maus-tratos e exploração animal.
De acordo com o Decreto nº 6.514/2008, que regulamenta a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), o artigo 33 destaca que é proibido “explorar ou utilizar comercialmente a imagem de animal silvestre mantido de forma irregular em cativeiro ou em situação de abuso ou maus-tratos”.