Fugini, sócios e funcionário são indiciados por fungos e parasitas encontrados em molho de tomate

Agência reguladora revogou resolução que suspendia comercialização de alimentos da Fugini produzidos em fábrica no interior de SP
Foto: Divulgação

A Polícia Civil indiciou a empresa Fugini, dois sócios e um funcionário responsável pelo controle de qualidade dos produtos por crime contra a relação de consumo. A empresa também recebeu uma notificação administrativa. A investigação policial ocorreu após denúncias de consumidores que afirmaram ter comprado molhos de tomate contaminados com fungos e ovos de parasitas em Viamão, na Região Metropolitana.

O Instituto Geral de Perícias (IGP) analisou amostras de três molhos de tomate coletadas em dezembro do ano passado. Além disso, outras amostras lacradas pela Vigilância Sanitária foram encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul (Lacen-RS). Em nota, a Fugini afirmou que “os produtos analisados estavam com a embalagem aberta desde dezembro. (…) Além disso, uma das amostras analisadas estava até mesmo com o prazo de validade expirado”.

De acordo com o relatório da perícia recebido pela polícia, o exame revelou a presença de estruturas fúngicas filamentares (bolor e mofo), além de bactérias e fragmentos de ovos de parasitas nas amostras.

A polícia informou que os molhos pertenciam à mesma empresa, sediada em São Paulo, embora tivessem apresentações finais e lotes diferentes. O inquérito foi encaminhado à Justiça do Rio Grande do Sul, e a Anvisa e a Vigilância Sanitária foram informadas pela polícia.

Nota da Fugini

Fugini Alimentos, empresa referência no setor, com 27 anos de atuação no mercado, informa que não recebeu qualquer notificação da 1ª Delegacia de Polícia de Viamão (RS), no âmbito de inquérito instaurado para averiguar a qualidade de alguns produtos da marca.

Vale ressaltar que à época da instauração do inquérito, em dezembro de 2022, amostras coletadas em diferentes pontos de venda e mercados da região foram enviadas ao órgão responsável por análises de saúde pública, o LACEN e, conforme a Fugini já demonstrou nos autos, os resultados dessa análise comprovaram a segurança do Molho de Tomate Fugini das amostras analisadas.

A Fugini reforça que, como preconiza a legislação brasileira e as boas práticas de fabricação, a empresa realiza análises microbiológica e físico-química de todos os lotes de produção de todos os produtos da empresa e os submete a rígidos controles de qualidade. Conforme se demonstrou nos autos, essas análises foram realizadas em amostras dos lotes investigados, que estavam dentro dos padrões de qualidade e saíram da fábrica em perfeitas condições de consumo.

Além disso, é importante destacar que os laudos que atestaram suposta presença de fungos em determinados produtos, que foram objeto de matérias jornalísticas nos últimos dias, não contaram com exames microbiológicos, metodologia cientificamente adequada para se chegar a possível resultado sobre a amostra analisada.

Por fim, mas não menos importante, os produtos analisados estavam com a embalagem aberta desde dezembro. Conforme consta da embalagem, a empresa recomenda que, para manter sua qualidade, o produto deve ser mantido sob refrigeração e utilizado em até um dia, uma vez que não leva conservantes em sua receita. Além disso, uma das amostras analisadas estava até mesmo com o prazo de validade expirado.

A Fugini reafirma que seus canais de atendimento estão sempre abertos para esclarecer quaisquer dúvidas. Nosso SAC (0800 702 4337 ou [email protected]) está disponível, de segunda a sexta-feira das 08h00 às 17h00.

Seguiremos trabalhando de forma contínua para manter a sociedade informada sobre os pilares fundamentais que sustentam a idoneidade e o compromisso da marca com seus milhões de consumidores.