Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Oitenta e sete gaúchos se tornaram réus no Supremo Tribunal Federal (STF) devido ao envolvimento em manifestações contra o resultado das eleições de 2022 e a favor da derrubada do governo eleito. Eles estão sendo acusados por crimes relacionados aos eventos ocorridos em 8 de janeiro em Brasília.
De acordo com informações foram levantadas pelo Grupo de Investigação da RBS (GDI), os indivíduos são divididos em dois grupos: o primeiro consiste em oito pessoas que foram flagradas invadindo ou depredando prédios públicos e que enfrentam acusações graves, como associação criminosa armada, abolição do Estado de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Se condenados, podem enfrentar penas de até 24 anos de prisão em alguns casos.
O segundo grupo é composto por 79 pessoas que estavam acampadas em frente a quartéis, como o QG do Exército em Brasília, conhecido como “Forte Apache”. Estes são acusados de incitação ao crime e associação criminosa. As penas variam de três a seis meses de detenção para incitação ao crime e de um a três anos de reclusão para associação criminosa.
Ao todo, 1.406 pessoas foram presas por atos antidemocráticos durante as manifestações realizadas no início do ano, incluindo 105 gaúchos. Dos detidos no Rio Grande do Sul, 59 foram encaminhados para penitenciárias e 46 foram obrigados a utilizar tornozeleiras eletrônicas inicialmente. Posteriormente, muitos dos enviados para presídios foram liberados sob monitoramento eletrônico.