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A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) começou o plantio de mudas de maconha para pesquisas em Medicina Veterinária. A instituição é a primeira do País a ter autorização para o cultivo da planta. Segundo a universidade, os pesquisadores esperam uma taxa de germinação de 90% a 95% das 120 sementes plantadas em estufa. A expectativa é que, em até seis meses, os extratos à base de Cannabis comecem a ser produzidos.
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De acordo com o professor responsável pela pesquisa, Erik Amazonas, o Centro de Ciências Rurais (CCR) tem condições de analisar, avaliar e garantir a qualidade dos óleos. Amazonas coordena, com outros seis pesquisadores, uma linha de pesquisa sobre o uso veterinário da maconha. Eles também pretendem fazer parcerias com outras instituições para ampliar o rol de compostos avaliados.
Autorização para o plantio da maconha
Em dezembro de 2022, 1ª Vara da Justiça Federal de Florianópolis, concedeu um salvo-conduto ao pesquisador e professor Erik Amazonas, do Centro de Ciências Rurais da UFSC. A autorização da Justiça permite o cultivo, preparo, produção, fabricação, depósito, porte e prescrição da cannabis sativa.
Além da autorização, a Justiça concedeu habeas-corpus preventivo ao professor, para que ele não sofra medidas restritivas por parte de autoridades policiais ou judiciárias. A precaução foi tomada porque, apesar da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permitir o uso medicinal da planta, a resolução não autoriza o plantio da Cannabis.
Indústria canábica
A pesquisa vai avaliar o uso tópico da planta em suas potencialidades cicatrizantes e anti-inflamatórias, efeito inseticida, repelente, mosquicida, anti-helmíntico e efeito desinfetante. O uso alimentar em animais não humanos também faz parte do estudo.
“Por meio da ciência e conhecimento pretendemos ser catalisadores de um ecossistema favorável para a implantação de um novo setor econômico industrial no Brasil: a indústria canábica. Assim, estamos trabalhando para criar o Centro de Desenvolvimento e Inovação Canábica (Cedican) no Campus de Curitibanos, para adaptar o cânhamo e a indústria catarinense entre si”, afirma Amazonas.