(Créditos: Marcello Casal Jr / Agência Brasil)
É o fim da versão digital do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palácios, anunciou a decisão, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, na última terça-feira (08). Segundo Palácios, os motivos foram o alto custo de aplicação e o baixo interesse por parte dos candidatos. As assessorias do Inep e do Ministério da Educação confirmaram as informações à Agência Brasil. Com a decisão, a aplicação será apenas através da prova impressa já a partir deste ano.
O Enem Digital começou a ser realizado em 2019. Na modalidade, as provas são exatamente iguais ao modelo tradicional, mas os estudantes realizam o exame num computador, no local de prova determinado.
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Em 2022, foram 100 mil vagas para a modalidade digital. Entretanto, apenas 65.066 estudantes se inscreveram, e menos da metade compareceu no dia prova. O custo, em contrapartida, ficou em R$ 25,3 milhões, um valor de R$ 860 por candidato. Já o exame impresso custou R$ 324 milhões, e atendeu 2 milhões de estudantes, o equivalente a R$160 por cada um.
O Enem é a principal porta de entrada para o Ensino Superior no Brasil. Com a nota do exame, os estudantes tentam vagas em universidades públicas através Sistema de Seleção Unificada (Sisu), bolsas integrais na rede privada pelo Programa Universidade para Todos (ProUni), e financiamento pelo Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies).
Enem 2023
As provas físicas do Enem 2023 estão previstas para serem aplicadas nos dias 5 e 12 de novembro. Conforme o Inep, as inscrições para o exame regular deverão ser feitas entre 8 e 19 de maio.
