Boate Kiss: familiares e vítimas da tragédia fazem vigília em Porto Alegre

Boate Kiss: familiares e vítimas da tragédia fazem vigília em Porto Alegre
(Crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Nesta segunda-feira (27), integrantes da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de  Santa Maria (AVTSM) fazem uma vigília, em frente à sede do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ/RS), em Porto Alegre. O grupo se reúne no local desde às 9h, e seguem na Avenida Borges de Medeiros, 1565, no Centro, até às 17h.

A ação  homenageia as vítimas do incêndio da Boate Kiss, e manifesta repúdio à primeira Câmara Criminal do TJ/RS, pela anulação do júri, em agosto de 2022. Além disso, os familiares também irão solicitar urgência para o envio dos recursos, em primeira instância, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

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A jornalista Daniela Arbex, autora do livro Todo Dia a Mesma Noite, sobre a tragédia, compartilhou imagens da vigília em frente ao TJ. A obra de Arbex acompanha familiares das vítimas e a busca  por justiça e foi a base para a série, de mesmo nome, da Netflix.

Caso Boate Kiss

incêndio aconteceu na madrugada de 27 de janeiro de 2013, em Santa Maria, na Rua dos Andradas, no Centro da cidade. O fogo começou devido a um artefato pirotécnico aceso durante o show da Banda Gurizada Fandangueira. As faíscas atingiram a espuma que revestia o teto do local, e as chamas rapidamente se espalharam. Ao todo, 242 pessoas, a maioria com idade entre 17 e 30 anos, morreram asfixiados por fumaça tóxica. Além disso, outras 636 pessoas ficaram feridas.

Os quatro réus, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, sócios da boate e Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão, da banda que acendeu o artefato, foram a julgamento em dezembro de 2021. Todos foram condenados de 18 a 22 anos de prisão. Os advogados dos quatro presos alegaram nulidades no processo, e no júri, e entraram com o pedido de anulação do julgamento.

Em 3 de agosto de 2022, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) acolheu parte dos recursos das defesas, e anulou o júri que condenou os quatro réus. Ainda não há definição de quando ocorrerá um novo julgamento.