Foto: Marcello Casal Jr- Agência Brasil
Após dois anos em funcionamento no Brasil, o Pix se consolidou como o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros. Desde o início das operações, em 16 de novembro de 2020, até outubro deste ano, foram 28 bilhões de transações, com valores atingindo R$ 14 trilhões.
Os dados, disponibilizados pelo Banco Central, apontam que, desde o primeiro mês disponível para uso, as transações via Pix já ultrapassavam as feitas com Documento de Crédito, o DOC. Em 2021, a transferência de dinheiro, de forma instantânea, e sem custo, passou, ainda, as operações feitas com Transferência Eletrônica Disponível, o TED. Os pagamentos com cartão de crédito e débito também já ficaram pra trás.
Regiões onde o Pix é mais utilizado
De acordo com o levantamento, quase metade das transações por Pix está na Região Sudeste (43%). Logo em seguida vem o Nordeste (26%), o Sul (12%), o Norte (10%) e o Centro-Oeste (9%). A faixa etária de 64% fica entre 20 e 39 anos.
Desde o lançamento, 523,2 milhões de chaves foram cadastradas no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais do Banco Central. Além disso, até outubro deste ano, 141,4 milhões de brasileiros já tinham usado o Pix em seus pagamentos alguma vez, nos últimos dois anos.
O Pix para a Economia
De acordo com o presidente da Federação Brasileira dos Bancos, a Febraban, Isaac Sidney, o Pix é fundamental para impulsionar a inclusão financeira no País, e reduzir a necessidade do uso de dinheiro vivo em transações comerciais. Um dos argumentos é o custo de transporte e de logística das cédulas, que chegam a cerca de R$ 10 bilhões ao ano.
“As transações feitas com o PIX continuam em ascensão, revelando a grande aceitação popular do novo meio de pagamento, que trouxe conveniência e facilidades para os clientes em suas transações financeiras do cotidiano. Nos últimos 12 meses, registramos um aumento de 94% das operações com a ferramenta”, afirma Sidney.
Já o Diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, Renato Dias de Brito Gomes, afirma que o Pix se tornou, em dois anos, muito mais do que apenas o sistema de pagamento instantâneo do brasileiro.
O Pix possibilita agendamento de transações, pagamentos de contas com vencimento e retirada de dinheiro em espécie. O ambiente competitivo no qual o Pix está inserido, e a infraestrutura provida pelo Banco Central como agente neutro, possibilitam um ambiente de maior eficiência, inclusão e redução de custos, impactando positivamente os usuários e, em última instância, a economia brasileira”, afirma Gomes.
Segurança nas transações com Pix
A Febraban participa do “Fórum PIX”, promovido pelo Banco Central, em busca de sugestões para aprimorar a segurança, além do investimento anual de cerca de R$ 3 bilhões. A entidade afirma que acompanha todas as regulamentações do mercado e, caso haja alterações, se empenha em implementá-las dentro do prazo estabelecido pelo órgão regulador.
Ainda de acordo com a Febraban, o Pix é uma ferramenta segura, com transações criptografadas, em uma rede protegida. Esses processos são continuamente aprimorados, considerando os avanços tecnológicos e as mudanças no ambiente de riscos. Além disso, os meios de segurança oferecidos pelos bancos associados contam com o que há de mais moderno em segurança cibernética e prevenção de fraudes.