Feira do Livro de Porto Alegre teve aumento de 40% nas vendas

CarlosNejar foi o patrono da edição 2022 e participou do encerramento do evento.
Foto: Diego Lopes/Divulgação

Autores conhecidos do público, grande circulação de visitantes e vendas em alta. Nesse clima se encerrou a 68ª Feira do Livro de Porto Alegre, na noite desta terça-feira (15), feriado de Proclamação da República. Conforme os números divulgados pela organização em entrevista coletiva, na quarta-feira (16), o evento registrou uma alta na comercialização de livros de 40% no comparativo com a edição de 2019, último ano em que foi realizada de forma completamente presencial.

Segundo a Câmara Rio-Grandense do Livro, foram vendidos 234.338 livros nas 72 barracas de expositores montadas na Praça da Alfândega. Esse montante representa uma média de 3.255 livros vendidos em cada uma das barracas. A média por livreiro é a forma como a organização contabiliza os números. “Tivemos um resultado surpreendente, bem acima do esperado. Foi uma retomada com comércio muito aquecido e que animou os livreiros. Isso nos aponta um futuro ainda melhor para a feira em 2023”, destaca o presidente da Câmara, Maximiliano Ledur.

O maior evento literário da América Latina se despediu dos visitantes e livreiros com uma grande festa popular, nesta terça-feira (15). O tradicional cortejo de despedida percorreu os corredores na Praça da Alfândega e distribuiu rosas ao som de “Está Chegando a Hora”. Confere aqui no vídeo como foi:

Diversos autores passaram pela Feira do Livro de Porto Alegre

A programação do evento contou com 70 eventos destinados ao público adulto, sendo 55 mesas, nove apresentações artísticas e seis oficinas. Desde 28 de outubro, 117 autores participaram dessas atividades. “Tivemos mesas lotadas, foi um sucesso. Foi uma feira de retorno, de resgate e com um público muito agradecido. Agora começamos a pensar na próxima edição”, explica a coordenadora da área adulta da feira, Sandra La Porta.

Atividades para a criançada e o investimento em acessibilidade

Para o público Infantil e Juvenil, a feira realizou 394 atividades. Nos 19 dias de evento, a programação contou com 70 autores, além das atividades promovidas por parceiros em espaços cedidos, no recinto do evento ou em entidades culturais localizadas nas proximidades da Praça da Alfândega. Do total de ações, 41 delas foram realizadas pelo Comitê de Acessibilidade. “Trabalhamos trazendo as escolas para dentro da feira. Já a acessibilidade foi um investimento especial feito pela Câmara do Livro para tornar o evento mais acessível às pessoas com deficiência. Temos ainda a avançar, mas demos passos importantes”, destaca a coordenadora da área, Sônia Zanchetta.

Os destaques da Feira do Livro de Porto Alegre

Destaque da Feira do Livro, os números das sessões de autógrafos novamente impressionaram. Conforme a Câmara Rio-Grandense do Livro foram 521 sessões, sendo 54 coletivas e 467 individuais, que mobilizaram 1.429 autores. Algumas delas, como as de Lázaro Ramos e Eduardo Spohr, chegaram a quase quatro horas de duração. “A feira é um patrimônio de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul. Ela mostra que amamos os livros e que há muito espaço para eles na cultura gaúcha”, reforça Ledur.

O ator Lázaro Ramos esteve na Feira no dia 6 de novembro. No Teatro Carlos Urbim lotado, ele participou de um painel mediado pelo autor gaúcho Alê Garcia e autografou o livro Medida Provisória: Diário do Diretor. Alê lançou o livro Negros gigantes: As personalidades que me fizeram chegar até aqui, e presenteou Lázaro com um exemplar.

Tem novidade para a Feira do Livro de Porto Alegre em 2023

A próxima edição do evento já começou a ser preparada e vai contar com uma novidade. É o ‘vale livro’. A proposta vai funcionar como um cupom de desconto, distribuído para alunos de escolas da rede pública de ensino. Assim, eles poderão fazer suas compras em 2023 com essa iniciativa que visa incentivar a leitura. “Nós vimos muitos estudantes passando aqui sem ter dinheiro para comprar um exemplar ou levando um mais barato. Mas, se pudermos dar a oportunidade deles comprarem o que querem, com certeza será um estímulo”, explica Ledur.