Polícia Civil indicia vereador Pablo Melo, filho de Sebastião Melo, e outras 23 pessoas por fraudes na Smed

Foto: Fernando Antunes/CMPA

A Polícia Civil indiciou 24 pessoas por suspeita de organização criminosa e fraude em licitações realizadas pela Secretaria Municipal da Educação (Smed) de Porto Alegre em 2022. Entre os indiciados estão a ex-secretária Sônia da Rosa, o empresário Jailson Ferreira da Silva, os ex-vereadores Alexandre Bobadra (PL) e Pablo Melo (MDB), filho do atual prefeito, Sebastião Melo, além de servidores públicos e empresários.

A investigação, conduzida pela 1ª Delegacia de Combate à Corrupção (1ª Decor), também atribuiu aos quatro primeiros envolvidos os crimes de corrupção ativa e passiva. As apurações fazem parte do inquérito principal da Operação Capa Dura.

Segundo a polícia, o esquema começou a ser articulado em julho de 2021 e foi executado a partir de março de 2022, quando Sônia assumiu o comando da Smed. Poucos dias após sua posse, ela teria recebido Jailson em seu gabinete. A partir daí, foram iniciados os processos para a aquisição de 544 mil livros didáticos e 112 kits de laboratórios de ciências e matemática, totalizando R$ 43,7 milhões em contratos.

As empresas Inca Tecnologia, Sudu Inteligência Educacional e Astral Científica foram apontadas como beneficiadas por suposto conluio. A Polícia Civil dividiu a organização criminosa em três núcleos: servidores da Smed, agentes políticos com seus colaboradores e empresários.

Os relatórios finais da investigação foram enviados à Justiça no fim de abril. Agora, o Ministério Público decidirá se apresenta denúncia formal contra os indiciados.